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Notícias / Brasil

PF faz buscas na casa de Bolsonaro em operação contra dados falsos sobre vacina

Grupo é suspeito de forjar cartões de vacinação para o ex-presidente Jair Bolsonaro

Éric Moreira Publicado em 03/05/2023, às 09h44

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O ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro - Getty Images
O ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro - Getty Images

Nesta quarta-feira, 3, a Polícia Federal realizou buscas na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, em uma operação autorizada por Alexandre de Moraes envolvendo investigação sobre um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Com as buscas, os agentes já prenderam o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa.

Até o momento, o ex-presidente da República não foi alvo de nenhum mandado de prisão, mas deve prestar depoimento ainda hoje para a Polícia Federal, em Brasília. Além disso, seis pessoas já foram presas, entre elas, além de Mauro Cid, estão o policial militar Max Guilherme, que atuou na segurança presidencial; o militar do Exército Sérgio Cordeiro, também segurança de Bolsonaro; e o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.

De acordo com o g1, entre os certificados de vacinação que podem ter sido forjados, que estão em investigação, estão os do próprio Jair Bolsonaro, bem como de sua filha caçula, Laura, hoje com 12 anos, e de Mauro Cid e familiares. Com a falsificação, Bolsonaro, membros de sua família e auxiliares próximos poderiam, por exemplo, entrar nos Estados Unidos, em oposição à regra de vacinação obrigatória.

Esquema

O suposto esquema investigado pela Polícia Federal indica que a inclusão de dados falsos teria ocorrido entre novembro de 2021 e dezembro do ano passado, permitindo que as pessoas envolvidas emitissem certificados de vacinação sem que estejam, de fato, imunizadas.

Os dados de cada um dos envolvidos teriam sido inseridos no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) do Ministério da Saúde. Porém, até o momento, a PF não divulgou quem teria sido o responsável por essa inserção de dados falsos.