O presidente venezuelano Nicolás Maduro busca seu terceiro mandato consecutivo, que pode levá-lo a ficar 18 anos no poder
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que o país pode enfrentar um "banho de sangue" e uma "guerra civil" caso ele não seja eleito. Maduro busca seu terceiro mandato consecutivo, que pode levá-lo a ficar 18 anos no poder.
O destino da Venezuela no século 21 depende de nossa vitória em 28 de julho. Se não quiserem que o país caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo”, disse.
A declaração foi dada em um comício nesta quarta-feira, 17, em Parroquia de la Vega, um distrito popular na Zona Oeste de Caracas. As eleições no país estão marcadas para o próximo dia 28 de julho.
"Quanto mais contundente for a vitória, mais garantias de paz vamos ter", ressaltou Maduro em seu discurso.
Maduro fala em guerra civil e ‘banho de sangue’ caso a oposição vença as eleições na Venezuela.
— Metrópoles (@Metropoles) July 18, 2024
“Nós somos uma potência militar, um poder policial. E a união cívico-militar-policial não vai deixar que lhe tirem sua pátria”, afirmou Nicolás Maduro em comício na quarta-feira (17).… pic.twitter.com/bDqhdCIWZU
O pleito ocorre em um cenário de perseguição política. María Corina Machado, principal opositora do líder venezuelano, havia sido escolhida em votação primária para disputar a eleição, mas o Judiciário, com forte influência de Maduro, decidiu que ela ficará inelegível por 15 anos.
A oposição chegou a tentar implacar uma nova candidata, a historiadora Corina Yoris, porém foram impossibilitados de inscrevê-la no site do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Foi escolhido, então, a partir de uma coalizão de partidos opositores, o ex-diplomata Edmundo González Urrutia para concorrer.