Antes do trágico acidente, em 1997, a princesa Diana participaria da continuação de um dos filmes mais adorados de Hollywood
Gabriel Marin de Oliveira sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 19/06/2024, às 15h39 - Atualizado às 18h05
Na década de 1990, Kevin Costner teve um desentendimento com a família real britânica. Durante uma entrevista no "The Howard Stern Show" na última terça-feira, 18, o vencedor do Oscar confirmou que uma sequência de seu filme de sucesso de 1992, "O Guarda-Costas", estrelado por Whitney Houston, estava em andamento, com a Princesa Diana planejada como co-estrela.
Contudo, a morte de Diana no verão de 1997 levou ao cancelamento do projeto, e Costner enfrentou a desaprovação da realeza, que não acreditava que a princesa estivesse disposta a participar de um filme de Hollywood.
"Quando Diana faleceu, cerca de um ano depois, vazou que eu estava preparando 'O Guarda-Costas 2' com ela. E o que aconteceu foi que a família real meio que se voltou um pouco contra mim", relembrou ele. "Tipo, 'Não, isso não é verdade'. E ficou realmente meio feio", continuou Costner. "E eu deixei passar por um tempo. Ficou cada vez mais feio."
A estrela de "Yellowstone" disse que acabou entrando em contato com Sarah Ferguson, duquesa de York, que inicialmente conectou Kevin com Diana, e pediu sua ajuda.
"Finalmente liguei para Sarah e disse: 'Sarah, você precisa me dizer quem está liderando o ataque a esse assunto.' Ela disse: 'Não, não, não, Kev, você não quer falar com eles.' Eu disse: 'Sim, eu quero.' Liguei para eles e disse: 'Estou lhe dizendo uma coisa, você precisa parar porque é verdade. E se você não parar, eu vou começar. Porque isso foi.'"
Na época em que o ator estava tentando fazer "O Guarda-Costas 2", Diana estava separada de seu ex-marido, o príncipe Charles (hoje rei Charles), e, em conflito com a família real, governada pela agora falecida rainha Elizabeth II. Costner explicou como conseguiu que Diana concordasse em fazer o filme.
"O que aconteceu foi que comecei a conversar com ela através de Sarah e disse: 'Olha, vou fazer 'Guarda-costas 2' e acho que posso construir isso em torno de você. Você estaria interessada?'", lembrou. "E ela disse: 'Sim. Minha vida está prestes a mudar. Eu realmente não me aprofundei no assunto, mas achei que entendi o que ela estava dizendo."
Ele acrescentou: "Ela foi muito gentil e conversamos. Na segunda vez que conversamos, ela disse: 'Vai ter uma cena de beijo?' Eu disse: 'Você quer que haja uma?' Ela disse: 'Sim', e eu disse: 'Então faremos isso'. Eu não iria fazer todo o romance sobre ela. Mas chegaria um momento em que o faríamos. E ela foi tão gentil com isso."
Diana morreu em um acidente de carro em Paris, em agosto de 1997, aos 36 anos, e Kevin decidiu não prosseguir com a sequência de "O Guarda-Costas". "Eu não poderia substituir a princesa Di", disse ele. Costner também revelou que anos após o falecimento de Diana, ele ouviu falar de seu filho mais velho, o príncipe William, que queria se encontrar com o ator na Escócia.
Nos encontramos em uma sala. Não há ninguém na sala. Sentei-me em frente a ele e ele olhou para mim e disse: 'Minha mãe gostava de você'", lembrou. "Foi a coisa mais doce e gentil. Ele acreditou na história, e acredite ou não, depois da conversa com a família real, cerca de dois anos depois, o mordomo apareceu e disse: 'Sim, era verdade o que Kevin estava dizendo, que ela [Diana] iria fazer isso,'" completou o ator.
Segundo o 'New York Post', Costner falou pela primeira vez sobre os planos para "O Guarda-Costas" em 2012, explicando que a trama iria explorar o complicado relacionamento de Diana com os paparazzi. Ele disse na época que o roteiro do filme chegou à sua mesa um dia antes da morte de Diana.
