Governo israelense afirma que ela escreveu mensagem de ódio nas redes sociais, mas a mãe da jovem contesta; confira!
Ahed Tamimi, uma jovem ativista de 22 anos que critica abertamente a ocupação israelense da Antiga Palestina, foi presa nesta segunda-feira, 6, pelo exército de Israel em meio à guerra entre o governo e o Hamas.
O estado de Israel e o grupo palestino islâmico de vertente sunita, que domina a Faixa de Gaza, entraram em conflito após o último dia 7 de outubro, porém as tensões entre as duas autoridades já se estendem por décadas.
O problema entre a população palestina e o governo israelense remonta à época da criação de Israel em 1948, em que os árabes islâmicos foram expulsos do território correspondente à Antiga Palestina pelos responsáveis pela fundação do novo país.
Muitos palestinos hoje ainda defendem, por esse motivo, que a ocupação do local pelos israelenses é errada, que é o posicionamento da ativista palestina recentemente detida pelas tropas inimigas.
Ahed Tamimi, suspeita de incitar a violência e atividades terroristas, foi detida na cidade de Nabi Saleh, (perto de Ramallah, na Cisjordânia). Ela foi transferida para as forças de segurança israelenses para ser interrogada", afirmou um porta-voz das Forças Armadas de Israel, conforme repercutiu o G1.
O órgão ainda afirmou que o motivo por trás da prisão foi uma mensagem que circulou através das redes sociais em que era pedido pelo massacre de israelenses habitantes de "todas as cidades da Cisjordânia, Hebron e Jenin".
A mãe da jovem, no entanto, concedeu uma entrevista à AFP em que nega que Tamimi tenha sido a autora do texto.
Eles a acusam de ter publicado uma mensagem que incitando a violência, mas Ahed não a escreveu. Há dezenas de contas com a foto de Ahed, mas com as quais ela não têm qualquer vínculo. Quando Ahed tenta abrir uma conta nas redes sociais, ela é bloqueada imediatamente", afirmou a mulher.
A ativista, vale mencionar, já chamou a atenção da imprensa internacional em diversos momentos, a primeira vez deles tendo sido quando tinha apenas 14 anos e mordeu a mão de um soldado de Israel que tentava prender seu irmão caçula.
Por essa e outras ocasiões, ela é considerada um símbolo da resistência palestina contra a violência cometida pelo exército israelense na região da Faixa de Gaza ao longo dos anos.