A esteticista Bruna Bovino tinha 29 anos quando foi morta brutalmente
Na última segunda-feira, 20, a Justiça da Itália condenou o cidadão Antonio Colamonico a 26 anos e seis meses de prisão pelo assassinato da brasileira Bruna Bovino, quem atuava como esteticista no país europeu. Conforme informações da agência ANSA, o crime ocorreu em 12 de dezembro de 2013.
Na época, o corpo da jovem de 29 anos foi encontrado semi-carbonizado, em meio a velas, no centro estético que administrava. No entanto, a perícia apontou que Bruna , que tinha um caso extraconjugal com o italiano, foi morta com cerca de 20 golpes de tesoura e estrangulamento.
Colamonico já havia sido condenado anteriormente, no ano de 2015, a uma pena de 25 anos de reclusão. No entanto, acabou sendo absolvido em novembro de 2018.
No ano passado, a Corte de Cassação, instância máxima da Justiça do país, optou por voltar atrás na decisão, afirmando que os juízes haviam ignorado "indícios fundamentais" do caso, de modo que o processo teve de ser reiniciado.
Fatores como o horário da morte, queimaduras nas mãos do acusado, bem como a presença de traços de DNA do homem no corpo da vítima não foram levados em consideração, conforme apontou a Cassação.
"A suposta hora da morte e o tempo de propagação do incêndio foram interpretados de modo forçado com o único objetivo de validar a insustentável premissa de que Bovino estivesse viva às 18h20 de 12 de dezembro de 2013, [...] sendo que o réu tinha um sólido álibi para tal horário", disse a Corte de Cassação na época.
"Minha filha não está mais aqui, não vai voltar, e nenhuma sentença vai me devolvê-la, mas hoje, após oito anos, finalmente foi feita justiça", declarou a mãe de Bruna, Lilian Baldo.