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Notícias / Irmãos Menendez

Irmãos Menendez: Lyle e Erik apontam falhas da polícia na cena do crime

Em novo documentário disponível na Netflix, Lyle e Erik Menendez relembram o crime que chocou os Estados Unidos há mais de 30 anos

por Thiago Lincolins
[email protected]

Publicado em 07/10/2024, às 19h46 - Atualizado às 20h04

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A família Menendez - Arquivo pessoal
A família Menendez - Arquivo pessoal

Após a polêmica estreia de "Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais", a plataforma de streaming Netflix lançou o documentário "O Caso dos Irmãos Menendez".

Mais de 30 anos após o crime que chocou os Estados Unidos, os irmãos Lyle e Erik Menendez contam a própria versão dos fatos a respeito do assassinato dos próprios pais.

Em agosto de 1989, ainda com 18 e 21 anos, eles mataram José e Mary Louise Kitty Menendez em sua luxuosa residência localizada em Beverly Hills, Los Angeles, Estados Unidos.

Investigações

Após o crime, eles telefonaram para a polícia, alegando terem encontrado os pais mortos ao retornarem do cinema. A medida que as investigações avançavam, entretanto, era evidente que os irmãos foram responsáveis pelo ato brutal. 

No documentário, eles comentam as investigações da cena do crime. Erik Menendez, agora com 51 anos, expressa sua perplexidade pelo fato de a polícia não ter detido ele e seu irmão no local.

"Não tínhamos álibi. O resíduo de pólvora estava em todas as nossas mãos. Em circunstâncias normais, eles fazem um teste de resíduo de pólvora. Teríamos sido presos imediatamente", afirmou ele.

Erik também afirma que, se tivesse sido pressionado, diante do desespero que sentia naquele momento, as coisas teriam sido diferentes. 

"Havia cartuchos no meu carro - meu carro estava dentro da área de busca. Tudo o que eles tinham que fazer era revistar meu carro. Se tivessem me pressionado, eu não teria conseguido suportar nenhuma pergunta. Eu estava em um estado de espírito completamente quebrado e despedaçado", explicou. 

Além disso, Lyle relembra que relatou ter visto "fumaça" na cena do crime, o que, pelo tempo entre os assassinatos e a descoberta dos corpos, só seria possível se ele fosse o assassino. 

É um tanto inacreditável não terem nos levados presos. Porque deveriam", afirmou o Menendez.

No entanto, Pamela Bozanich, promotora principal do caso, argumentou que o tratamento inicial dos irmãos pela polícia estava vinculado a um contexto de privilégio social. Segundo ela, a polícia de Beverly Hills priorizava um atendimento mais amigável aos cidadãos locais.

Condenação

Lyle e Erik foram finalmente presos em março de 1990. A acusação sustentava que o motivo do crime era a ganância, já que os irmãos herdariam aproximadamente 14 milhões de dólares após a morte dos pais. Também chamou atenção que, após os assassinatos, eles gastaram cerca de 700 mil dólares em compras extravagantes.

Mas, durante o julgamento, ambos revelaram terem sido vítimas de abusos por parte do pai e acusaram a mãe de ignorar tais abusos. Lyle confessou ter molestado Erik, replicando o comportamento abusivo do pai. 

Na noite dos assassinatos, os irmãos alegaram ter agido sob a impressão de que seus pais estavam prestes a matá-los para proteger segredos da família. O júri, no entanto, condenou-os por homicídio e ambos receberam penas de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.