Procedimento bem sucedido pode resolver um problema mundial; entenda!
Nos Estados Unidos, uma equipe médica informou que teve sucesso ao fazer um transplante dos rins de um porco para um paciente humano que teve morte cerebral. Segundo a equipe, o êxito significa um passo enorme nas pesquisas relacionadas ao uso de órgãos de animais em transplantes.
A cirurgia aconteceu no dia 30 de setembro do ano passado, mas os resultados só foram informados agora. O paciente que recebeu os órgãos foi um morador de Huntsville, de 57 anos, chamado de Jim Parsons. Ele havia apresentado um quadro de insuficiência renal, mas o quadro foi contornado com o transplante oriundo de um porco geneticamente modificado.
Segundo relatado pelo UOL, Jim sofreu morte cerebral após sofrer um traumatismo craniano depois de um acidente em uma corrida de motos. Como os médicos deram mínimas chances para sua recuperação, seus familiares autorizaram que o procedimento fosse feito em Parsons.
Após o transplante, a equipe constatou que os novos órgãos filtraram o sangue corretamente e também ajudaram a produzir urina. Além disso, a parte mais importante é que o corpo humano não os rejeitou de imediato.
Depois que o procedimento foi feito, na Universidade do Alabama em Birmingham, a equipe médica informou que os órgãos permaneceram viáveis por 77 horas após o transplante.
O sucesso de cirurgias como esta, chamadas de xenotransplante, pode resolver um problema mundial: a escassez de órgãos. "Este momento de mudança de jogo na história da medicina representa uma mudança de paradigma e um marco importante no campo do xenotransplante, que é sem dúvida a melhor solução para a crise de escassez de órgãos", explica o diretor do Comprehensive Transplant Institute e cirurgião-chefe do estudo, Jayme Locke.
Este estudo nos aproxima de um futuro no qual o fornecimento de órgãos atende a uma enorme demanda global", ressalta.
Como relata o UOL, Jim Parsons teve a morte cerebral declarada em 26 de setembro, quatro dias antes da cirurgia. "A circulação dele foi mantida inicialmente com o objetivo de alocar seus órgãos para transplante e depois para nosso estudo", completou.
Registrado pela Legacy of Hope, Jim era doador de órgãos e sempre manifestou o desejo de ajudar outras pessoas após sua morte. Entretanto, nenhum de seus órgãos estava adequado para ser transplantado para outra pessoa.
No entanto, seu desejo foi parcialmente atendido, já que seus familiares autorizaram os pesquisadores da Universidade do Alabama a conservarem seu corpo e mantê-lo ‘funcionando’ durante o período do estudo.
Nos últimos dias, a equipe do site do Aventuras na História noticiou que a Maryland Medical School divulgou uma importante conquista de médicosnorte-americanos. No dia 7 de janeiro, os profissionais conseguiram transplantar com sucesso o coração de um porco em um humano.
Segundo os especialistas, o órgão em questão foi geneticamente modificado, já que o paciente, David Bennett, de 57 anos, não tinha condições de receber um coração humano.
Segundo informações da agência de notícias AFP, o porco — animal escolhido por seu tamanho — que doou o coração pertencia a um rebanho que passou por um procedimento de modificação genética.
O objetivo foi remover um gene que produz um açúcar. Os médicos acreditam que essa parte em questão produzia uma resposta imune intensa, o que fazia com que o corpo do paciente rejeitasse o órgão.
O coração escolhido foi deixado em uma máquina que o preservou antes do procedimento. Além disso, os especialistas também utilizaram um novo medicamento em parceria com substâncias já utilizadas, para impedir que o órgão fosse rejeitado.
Para a equipe médica, o sucesso da cirurgia em Bennett pode ajudar no setor de transplantes de órgãos.
"Esta foi uma cirurgia revolucionária e nos deixa um passo mais perto de resolver a crise de escassez de órgãos", afirmou o responsável por transplantar o coração do porco, Dr. Bartley Griffith.