Inusitado caso chamou a atenção de cidade inglesa em 2017; relembre!
Animais rústicos e altamente adaptáveis, os porcos se fortaleceram como ‘produtos’ de importante valor durante as instabilidades causadas pela pandemia — afinal, diante do aumento no preço dos alimentos, os suínos oferecem uma carne de qualidade sem um valor muito elevado.
Além das oportunidades tanto no mercado interno quanto no externo, a suinocultura também é importante para o agricultor no que diz respeito ao enriquecimento do solo, já que os porcos contribuem com o adubamento do solo.
Porém, como se pode imaginar, apesar de toda sua importância, os animais acabam não tendo um final feliz e tampouco uma vida duradoura — enquanto um porco doméstico vive mais de 15 anos, um suíno criado em uma fazenda pode ser abatido com apenas seis meses, segundo artigo da ONG Mercy for Animals.
Em fevereiro de 2017, um grupo de porcos que eram criados em uma fazenda em Milton Lilbourne, no sudoesta da Inglaterra, passaram por momentos de desespero. Na ocasião, um incêndio atingiu o local.
O corpo de bombeiros acabou sendo acionado e, felizmente, até então, conseguiram resgatar com vida um grupo de 20 suínos — sendo 18 machos e duas fêmeas — que viviam a 110 quilômetros de Londres.
Com o ato, os donos da fazenda ficaram como uma ‘dívida de gratidão’ com a equipe de resgate, algo não muito animador para os animais. Isso porque, em agosto daquele ano, os suínos foram abatidos.
Ironicamente, os porcos que tiveram suas vidas salvas pelos bombeiros serviram de alimento para o grupo, visto que a fazendeira Rachel Rivers deu à equipe algumas linguiças como forma de agradecimento.
Estou certa que os vegetarianos vão odiar isso", disse Rivers em tom descontraído durante entrevista à BBC na época.
Rachel contou que a suinocultura, e a fazenda como um todo, são a forma dela tirar seu sustento. A fazendeira disse que os bombeiros ficaram agradecidos com os presentes. “Eu queria agradecê-los e prometi, após apagarem o incêndio, que lhes serviria algumas linguiças. E eles gostaram da ideia”.
Um porta-voz dos resgatistas agradeceu o presente e a generosidade de Rachel Rivers e afirmou que o churrasco feito com o alimento ficou “fantástico”.
Se os animais do caso acima não tiveram um final feliz, uma porca grávida virou símbolo da luta animal em julho do ano passado. Segundo recorda matéria do portal R7, uma porquinha que estava prestes a dar à luz acabou conseguindo escapar de um matadouro.
A suína fugiu para uma fazenda próxima, em Ollerton, no Reino Unido. Na ‘nova casa’, ela acabou tendo 10 filhos. Matilda, como a mamãe foi chamada, se tornou centro de uma campanha da ONG Brinsley Animal Rescue.
Defensores da causa animal pediram para que o antigo dono de Matilda a poupasse, visto que ela havia “conquistado sua liberdade” junto com sua família. O grupo ganhou o apelido de Onze de Ollerton.
Conforme conta a história, não há registro de quando a porquinha fugiu do abatedouro, porém, os veterinários que passaram a cuidar do animal constataram que, na época, seus filhotinhos tinham cerca de três semanas.
Importante ressaltar que Matilda foi encontrada pela passeadora de cães Anna Aston no dia 28 daquele mês. "Pensei que fosse uma cachorra ou um texugo e não pude acreditar quando vi essa porca e seus leitões", relatou ao Metro.
Anna, então, acionou a Brinsley Animal Rescue, que se dispôs a cuidar de Matilda. Porém, quando souberam da localização da porquinha, os donos do animal apareceram para levá-la de volta à fazenda.
A ONG, por sua vez, compartilhou a história de Matilda nas redes sociais e fez campanha para que os fazendeiros liberassem a porca e sua ninhada. Por tomar uma dimensão tão grande, segundo relata o portal Notícias ao Minuto, a suína foi libertada e, agora, está sendo cuidada pela Brinsley Animal Rescue.
Matilda e os seus leitões foram salvos e descansam agora no estábulo de um santuário para animais. A mãe porca alimenta agora os seus filhotes”, compartilhou a ONG em suas redes sociais.