Segundo a polêmica fala da pesquisadora, o objeto encontrado em Roma não era a sepultura oficial do suposto fundador da antiga cidade
Uma arqueóloga italiana afirmou duramente que a recente descoberta do túmulo de Rômulo, fundador de Roma, não é um sepultamento fúnebre, mas um espaço de memória que imita um sarcófago, ou cenotáfio. Segundo Alfonsina Russo, diretora do Parque Arqueológico do Coliseu, trata-se de “um monumento à memória que remonta ao fundador de Roma", como afirmou em coletiva.
"Não é o túmulo, inclusive porque algumas fontes dizem que Rômulo foi morto e despedaçado, enquanto outras dizem que ele assumiu como o deus Quirinus no céu. Portanto, é impossível que este seja o túmulo de Rômulo". Ela ainda afirmou, após fala polêmica, que o "parque disponibilizará dados de pesquisa para os estudiosos".
O caso gerou grande mobilização da imprensa, após afirmar-se que fora escavado no interior do Fórum Romano um hipogeu (monumento funerário subterrâneo) logo abaixo da Cúria Júlia. Um tanque interpretado como um sarcófago estava disposto logo acima de um ladeado circular, possivelmente a base de um altar.
As escavações no local voltarão a acontecer em abril, o que poderá fornecer mais informações sobre esse polêmico lugar. "Vamos ver o que sai, ainda esperamos surpresas", revelou, animada, Russo. A pesquisadora Patrizia Fortini, responsável pela investigação original, ainda parece defender a tese do hipogeu no lugar do cenotáfio, afirmando que o sepultamento teria ocorrido muito próximo de onde se relata que Rômulo morreu.