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Gêmeos siameses ultra-raros passaram por cirurgia

Os meninos apresentavam membros superiores funcionais, porém seus torsos estavam unidos, o que os tornam ultra-raros

Redação Publicado em 15/05/2024, às 19h46

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Os gêmeos ultra-raros, antes da cirurgia - Reprodução/ American Journal of Case Reports
Os gêmeos ultra-raros, antes da cirurgia - Reprodução/ American Journal of Case Reports

Em um fenômeno raro, nasceu na Indonésia um par de gêmeos que estavam fundidos como uma “aranha”, o que ocorre de um a cada 2 milhões de casos. Embora os meninos possuíssem membros superiores funcionais, seus torsos estavam unidos na região pélvica, compartilhando três pernas, um órgão genital e um ânus. Uma das três pernas era sensorial e móvel para ambos. Além disso, eles compartilhavam uma bexiga, reto e intestinos.

Os meninos, terceiro e quarto filhos de pais sem histórico familiar de anomalias congênitas, nasceram de uma mãe que não enfrentou complicações durante a gravidez. Um relatório publicado no American Journal of Case Reports observou que a “mãe relatou não consumir suplementos, medicamentos ou misturas tradicionais de ervas e verificava rotineiramente sua gravidez com uma parteira local”.

Embora os gêmeos siameses sejam raros, aqueles unidos pela pelve - conhecidos como tipo isquiópagos - são ainda mais incomuns, representando apenas de 6% a 11% de todos os casos de gêmeos siameses.

Desde o nascimento, os meninos passaram os primeiros três anos de suas vidas juntos. Incapazes de se sentar ou ficar de pé sem ajuda, eles permaneciam deitados. Devido à localização remota da casa dos pais, os gêmeos eram raramente levados para exames após o nascimento.

Cirurgia

Após três anos, os cirurgiões do Hospital Hasan Sadikin em Bandung, na Indonésia, optaram por realizar o procedimento que separaria os gêmeos. O objetivo era reorientar os troncos das crianças para uma posição mais vertical, reconstruindo os ossos pélvicos para permitir que os gêmeos se sentassem e, eventualmente, ficassem de pé. Além disso, eles planejaram remover a perna fundida que os meninos compartilhavam.

A delicada cirurgia foi realizada quando os gêmeos tinham três anos e não houve complicações pós-operatórias. Os médicos responsáveis pelo cuidado relataram: “O último acompanhamento foi três meses após a cirurgia e nenhuma complicação foi relatada. Foi observada melhora na mobilidade, pois, ambos os pacientes conseguiram flexionar a parte superior do tronco”, explicaram os médicos envolvidos no procedimento.

Apesar de os meninos terem sobrevivido à cirurgia de alto risco, os médicos ressaltaram a escassez de estudos sobre o prognóstico a longo prazo de gêmeos siameses isquiópagos após o procedimento.

Infelizmente, esses gêmeos tendem a ter uma vida útil mais curta do que os gêmeos não siameses, devido a complicações internas”, concluíram.