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Notícias / França

França autoriza ingresso de soropositivos nas Forças Armadas após décadas de discriminação

O ministro francês das Forças Armadas anunciou nesta segunda-feira, 8, a edição no decreto de proibição

Redação Publicado em 08/05/2023, às 14h50

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Imagem ilustrativa de soldado - Foto de Military_Material, via Pixabay
Imagem ilustrativa de soldado - Foto de Military_Material, via Pixabay

Nesta segunda-feira, 8, Sébastien Lecornu, ministro francês das Forças Armadas, anunciou que editou um decreto autorizando as pessoas que são soropositivas a ingressarem no Corpo de Bombeiros Militares, nas Forças Armadas e na Gendarmaria Nacional. Tal documento dá fim a uma discriminação injustificada ao anular a proibição que estava em vigor desde os anos 1980.

O ministro disse, em uma entrevista ao canal France 2 da televisão pública, que o decreto tem o intuito de rever todos os critérios de entrada nas Forças Armadas e irá ser publicado nos próximos dias. A medida de inclusão para pessoas que vivem com o HIV foi revelada em uma data importante, já que é o dia que os aliados celebram a vitória sobre o Exército Nazista em 1945.

Atualmente, os critérios médicos de aptidão para a integração nesses lugares não permitem o acesso de soropositivos. "Mas esta situação, relacionada com o estatuto militar e às condições que este impõe, parece ter de mudar", disse Lecornu.

Medidas anteriores

O Ministério do Interior tinha acabado com tal discriminação em novembro de 2022, quando contratou pessoas soropositivas para integrarem a polícia. O governo revogou por decreto, na época, a aplicação do "Sigycop", que é um sistema de avaliação de aptidão física usado em diversos empregos da função pública. Nessa avaliação rigorosa, baseada em uma classificação de 1 a 6, os soropositivos eram categorizados como ineptos.

Contudo, recentes estudos científicos demonstraram que pessoas vivendo com o HIV sob tratamento antirretroviral possuem uma carga viral indetectável e não transmitem o vírus da imunodeficiência humana, segundo a RFI, via UOL. Esse anúncio da inclusão ocorre em período que a França enfrenta dificuldades de recrutamento nas Forças Armadas.