O fóssil descoberto no Rio Grande do Sul pertence a um dinossauro carnívoro do período Triássico, com idade estimada entre 230 e 233 milhões de anos
A chuva no Rio Grande do Sul revelou um fóssil quase completo de um dinossauro de mais de 200 milhões de anos. A descoberta ocorreu em um sítio rochoso no município de São João do Polêsine, a 280 km de Porto Alegre.
O fóssil bem preservado pertence a um dinossauro carnívoro do período Triássico, com idade estimada entre 230 e 233 milhões de anos, semelhante ao Gnathovorax, também encontrado na região.
Mais de 150 fragmentos foram descobertos, e os pesquisadores investigarão se se trata de uma nova espécie. As chuvas que atingiram o estado ajudaram a expor novos fósseis, mas também apresentaram desafios devido ao risco de fragmentos serem levados pelas enxurradas.
Fabiula de Bem, paleontóloga do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (Cappa) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), destacou à Globo que a chuva facilita a coleta, mas a equipe precisa agir rapidamente para preservar os materiais expostos.
A gente precisa dessa chuva para que ela exponha todo esse material, para que facilite coletar esses materiais, porque a gente não possui nenhum equipamento. Mas também é uma corrida contra o tempo, porque temos esse tempo de chuva e sol, e novamente passamos por processos de chuva, que acabam arrastando também alguns materiais mais fragmentários que a gente tem”, explicou.
Fósseis de animais anteriores aos mamíferos também foram encontrados graças às chuvas, conformete relatado pela TV Globo.
"A gente participa do processo de descrever esse fóssil até a parte final, quando a gente tem publicado como acontece. A gente pode também expor esse material para as pessoas da comunidade verem o trabalho que estamos desenvolvendo”, disse Fabiula à emissora.