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Notícias / Paleontologia

Fóssil de dinossauro é encontrado exposto no RS devido ação das chuvas

Chuvas de maio no Rio Grande do Sul revelaram um fóssil de dinossauro parcialmente exposto em um sítio paleontológico em São João do Polêsine

Redação Publicado em 16/07/2024, às 09h36

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Fóssil de dinossauro encontrado no RS - Divulgação/Cappa
Fóssil de dinossauro encontrado no RS - Divulgação/Cappa

Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) descobriram um fóssil de dinossauro parcialmente exposto em um sítio paleontológico em São João do Polêsine, no Rio Grande do Sul

O achado foi possível graças às chuvas de maio, que causaram enchentes. O Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (Cappa) da universidade está coordenando os estudos.

Fóssil

Os pesquisadores estimam que o fóssil tenha cerca de 233 milhões de anos, sendo um dos dinossauros mais antigos do mundo.

"Vão ser justamente esses fósseis que ajudarão a gente a entender a origem dos dinossauros. E esse aí é um deles, ele vai ajudar, certamente, a gente a entender um pouco mais sobre esse momento, porque ele está entre os dinossauros mais antigos do mundo", disse Rodrigo Temp Müller, paleontólogo líder da pesquisa, ao g1.

As escavações, realizadas no final de maio, duraram quatro dias. Após extraírem a rocha contendo o fóssil, os cientistas perceberam que se tratava de um dinossauro quase completo, com cerca de 2,5 metros de comprimento.

O fóssil está associado ao período Triássico, início da Era Mesozoica, quando o ecossistema se recuperava de uma extinção em massa e surgiam os primeiros dinossauros. 

As características de alguns ossos fossilizados revelam que o material pertence a um dinossauro carnívoro do grupo chamado de Herrerasauridae (conhecidos no Brasil e Argentina). Pelo que se pode observar, o espécime representa o segundo herrerassaurídeo mais completo do mundo já descoberto", explicou Rodrigo.

Após o trabalho no laboratório, os pesquisadores investigarão se o dinossauro é uma espécie conhecida ou se é uma nova descoberta, com previsão de conclusão ainda este ano. Além do esqueleto quase completo, foram encontrados fósseis fragmentados de animais pré-mamíferos em municípios próximos.

Apesar das chuvas revelarem novos fósseis, elas também aceleram sua destruição devido à ação do clima. A equipe está monitorando os sítios paleontológicos após as enchentes para identificar fragmentos expostos. O processo de coleta envolve a descoberta do fóssil, a escavação, o transporte para o laboratório e a extração cuidadosa da rocha.