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Notícias / Paleontologia

Fósseis de antigos anfíbios com o tamanho de jacarés são encontrados nos EUA

Ancestrais distantes de sapos, rãs e salamandras foram encontrados em um sítio paleontológico em Nobby Knob, Wyoming, nos EUA

por Giovanna Gomes
ggomes@caras.com.br

Publicado em 04/04/2025, às 09h53

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Crânio de um dos fósseis; à direita fragmentos do crânio de um - Divulgação/Dave Lovelace; Kufner et al Buettnererpeton bakeri
Crânio de um dos fósseis; à direita fragmentos do crânio de um - Divulgação/Dave Lovelace; Kufner et al Buettnererpeton bakeri

Uma equipe de pesquisadores encontrou os restos de uma antiga espécie de anfíbio do tamanho de jacarés em um sítio paleontológico em Nobby Knob, Wyoming, nos Estados Unidos. A descoberta sugere que dezenas desses anfíbios primitivos podem ter morrido juntos há cerca de 230 milhões de anos. O estudo, publicado na revista científica PLOS One, destacou a importância desse achado incomum.

Os fósseis pertencem à espécie Buettnererpeton bakeri, da ordem Temnospondyli, um grupo de anfíbios ancestrais que viveu entre 330 e 120 milhões de anos atrás. Esses animais, que combinavam características aquáticas e terrestres, são considerados ancestrais distantes de sapos, rãs e salamandras atuais. A nova descoberta é significativa, pois mais que dobra o total de espécimes conhecidos da espécie, fornecendo pistas valiosas sobre sua biologia e modo de vida.

O B. bakeri possuía um corpo compacto e quatro patas, habitando ambientes aquáticos de água doce, onde predava pequenos animais. A descoberta de numerosos restos fósseis em um único local sugere um evento de mortalidade em massa, possivelmente causado pela seca ou por um influxo de nutrientes que desencadeou proliferação de algas tóxicas, similar ao que ocorre em rios que secam.

Enterrados rapidamente

De acordo com o portal Galileu, os fósseis foram encontrados em uma antiga planície de inundação, com sedimentos finos e camadas bem preservadas, indicando que os animais morreram juntos e foram rapidamente enterrados. Segundo os paleontólogos Dave Lovelace e Aaron Kufner, da Universidade de Wisconsin-Madison, isso pode ter ocorrido quando os animais se reuniram para reprodução ou para fugir de condições ambientais adversas.

A preservação excepcional dos fósseis, incluindo partes frágeis intactas, permitirá novas investigações sobre o comportamento e a extinção desses anfíbios. A equipe planeja realizar uma análise tafonômica para entender melhor as circunstâncias da morte e preservação dos organismos. Estudos futuros poderão revelar mais detalhes sobre o estilo de vida e as causas desse evento de mortalidade em massa.

+ Confira aqui o estudo completo.