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Notícias / Luís Carlos Prestes

Filho de Luís Carlos Prestes revela manuscrito inédito do pai guardado por décadas

Rabiscado em 1985, manuscrito corresponde ao início da Coluna Prestes, há 100 anos, e mostra lado estrategista de Luís Carlos Preste; entenda!

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
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Publicado em 21/10/2024, às 13h40

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O comunista Luís Carlos Prestes quando senador, em 1945 - EBC Brasil via Wikimedia Commons
O comunista Luís Carlos Prestes quando senador, em 1945 - EBC Brasil via Wikimedia Commons

Após quase quatro décadas, um manuscrito inédito de Luís Carlos Prestes foi revelado por seu filho, Luiz Carlos Prestes Filho. O documento corresponde ao início da Coluna Prestes, quando integrantes do grupo romperam o cerco governista na cidade de São Luiz Gonzaga (RS), há um século. 

Na ocasião, a Coluna Prestes começava seu caminho até o norte do país, onde de encontraria com tropas paulistas na tentativa de derrubar o regime oligárquico de Artur Bernardes, durante a República Velha.

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À Folha, Preste Filho aponta que o manuscrito — que mostra o lado militar estrategista de seu pai — foi rabiscado por seu pai em 1985, enquanto o Luiz Carlos conversava com amigos. "Meu pai tinha mania de explicar as coisas desenhando ou escrevendo num papel". 

Foi assim que, naquele dia de 1985, ele fez esse rabisco que guardei, no qual ele explicava como foi sua estratégia para romper o cerco em São Luiz Gonzaga", relatou. 

A Coluna Prestes

Em dezembro de 1924, o rompimento do cerco de São Luiz Gonzaga foi a primeira vitória da recém-formada Coluna Prestes — um movimento com teor tenentista que estava insatisfeito com o governo de Bernardes

Entre as reivindicações do grupo estavam diversas pautas para acabar com a miséria e a injustiça social no Brasil, como a implementação do voto secreto, a defesa do ensino público e obrigatoriedade do ensino secundário para toda a população.

Composta por cerca de 1.500 homens, a Coluna Prestes durou dois anos e meio e percorreu por volta de 25 mil quilômetros entre treze estados brasileiros. 

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61 anos após o acontecido, Luís Carlos Prestes recordou do episódio durante a conversa. Na ocasião, porém, acabou cometendo uma imprecisão geográfica: "Como meu pai estava desenhando na mesa, durante uma conversa com amigos, ele apontou a cidade de Passo Fundo no lugar de Cruz Alta", explica Prestes Júnior.

Manuscrito de Prestes - Divulgação/Luiz Carlos Prestes Filhos