Exercício militar nuclear norte-coreano "visa enviar uma mensagem clara aos inimigos"
Nesta quinta-feira, 31 (noite de quarta-feira no Brasil), a Coreia do Norte promoveu o disparo de dois mísseis balísticos de curto alcance em direção ao mar, no que chamaram de "ensaio de ataque nuclear tático". A simulação de ataque nuclear, no caso, se tornou grande razão de preocupação aos Estados Unidos e Coreia do Sul — vistos como "inimigos" —, sendo uma resposta aos exercícios militares conjuntos entre os países.
Conforme divulgado pela agência de notícias estatal norte-coreana KCNA, as forças armadas do país comunicaram que o "ensaio de ataque nuclear tático, simulando ataques à terra queimada contra os principais centros de comando e aeródromos operacionais" da Coreia do Sul "visa enviar uma mensagem clara aos inimigos". Os mísseis, no caso, caíram no Mar do Leste, também chamado de Mar do Japão.
Vale informar que, este ano, a Coreia do Norte realizou um número recorde de testes armamentistas. Ainda segundo a KCNA, a simulação recente tinha o objetivo de fazer com que "todos os oficiais de comando e seções de pessoal de todo o exército façam preparações completas para a guerra."
De acordo com o UOL, os exercícios militares conjuntos entre Estados Unidos e Coreia do Sul envolvem um bombardeiro estratégico B-1B americano, este que sobrevoou a península coreana nas primeiras horas de quarta-feira. Essa ação, para o governo norte-coreano, foi visto como uma "ameaça séria [...] de acordo com um cenário de um ataque nuclear preventivo contra a RPDC [sigla para 'República Popular Democrática da Coreia', nome oficial do país]."
Vale lembrar ainda que o líder supremo da Coreia do Norte, Kim Jong-un, já declarou anteriormente que o nível de poder nuclear de seu país pode ser considerado tamanho que causaria impacto "irreversível" caso utilizado. Além disso, a nação vem aumentando sua produção de armas cada vez mais, incluindo as nucleares, e também pediu à própria marinha um fortalecimento de suas tropas, pois suas águas estariam repletas de "perigo de uma guerra nuclear."
Devido às ações beligerantes dos Estados Unidos e de outras forças hostis, as águas da península coreana se tornaram o maior ponto de concentração mundial de equipamento de guerra, nas águas mais instáveis com o perigo de uma guerra nuclear", disse o líder norte-coreano, Kim Jong-un, nesta semana.