O presidente ainda alega que a prisão de ministro foi feita para tumultuar o governo
O presidente da república Jair Bolsonaro disse em uma live feita ontem, 23, que “exagerou” ao falar que acreditava no caráter do então Ministro da Educação Milton Ribeiro, ao ponto de colocar seu rosto no fogo por ele, alegando que sua prisão é uma tentativa de desgastar o atual comando do país.
Conforme a apuração do portal Terra, o chefe de Estado disse que não se pode levantar suspeitas de forma "leviana" sobre o ex-ministro e pastor, que está sendo investigado por suspeita de corrupção envolvendo verbas da educação.
"Continuo acreditando no Milton, se aparece coisa, responde pelos seus atos", disse o presidente em algum recorte da transmissão ao vivo. "Eu lá falei atrás que botava a cara no fogo por ele, né. Eu exagerei, mas eu boto a mão no fogo pelo Milton, tá?"
Para Jair, em "hipótese alguma” o ex-ministro deveria ter sido detido, alegando que o seu caso de corrupção não pode ser comparado, por se tratar de suposto tráfico de influência na liberação de recursos da pasta a prefeituras por intermediação de dois pastores a quem Bolsonaro teria pedido tratamento especial.
O presidente ainda minimizou a movimentação financeira fora do padrão feito por Ribeiro que, segundo ele, teria sido feita pela venda de um carro.
"Cada um pode ter 50 mil na sua conta, 100 mil reais na sua conta. Se você vender um imóvel hoje, você pode ter 200 mil na sua conta, qual o problema?", disse ao final da transmissão.
Milton foi solto na quinta-feira, 23 por ordem do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), um dia após ser detido pela Polícia Federal.