Ministério Público e a Polícia Civil abriu investigação sobre o caso de bullying que resultou na perda do testículo
Um ato de agressão na escola São Judas Tadeu, no município de Petrópolis, no Rio de Janeiro, fez com que o Ministério Público e a Polícia Civil local, abrisse uma investigação sobre o caso do estudante de 14 anos que acabou perdendo um testículo após ser agredido por um colega de sala.
A investigação começou nessa semana, após o jornal Diário de Petrópolis local publicar a denúncia realizada pela mãe da vítima, chocando a população local pela gravidade dos ferimentos, resultantes do episódio de bullying.
Conforme foi repercutido pelo UOL, após ser espancado três vezes no mesmo dia por um colega de sala, a vítima teve que realizar uma cirurgia de remoção de um dos testículos. Segundo a mãe, o caso ocorreu no dia 12 de maio, e as agressões ocorreram, sequencialmente, dentro da sala de aula, no recreio e no ponto de ônibus próximo a escola.
Segundo o titular da 1ª Promotoria, Vicente de Paula Junior, as autoridades não sabiam do ocorrido e não havia nenhum relato nas duas Promotorias da Infância e da Juventude da cidade.
Ainda segundo o promotor, o caso deverá ser averiguado para ver o que foi e o que não foi feito até então, e completou se demonstrando indignação:
É algo absurdo, que ficamos sabendo pela imprensa, mas vamos averiguar tudo, saber se há procedimento na delegacia, identificar o agressor. Vamos apurar tudo"
O delegado João Valentim, da 105ª DP, que também ficou sabendo do ato bárbaro através da cobertura midiática, informou que também auxiliará na investigação do caso.
A mãe da vítima disse que não gostou como a escola conduziu o caso, acrescentando que a direção nada fez contra o agressor. Na entrevista concedida ao jornal,ela registra que o filho não contou nada para ela no primeiro dia. Porém, o garoto começou a sentir algumas dores e relatou o sofrimento posteriormente.
Ele não contou nada no dia, estava normal. Só que aí ele começou a sentir dores e um dia ele falou que não tinha como ir para a escola. E aí que foi me contar o que tinha acontecido e me mostrou como estava o corpo dele. Ele ficou internado na UPA e depois no Hospital Alcides Carneiro para fazer a cirurgia", disse
A Escola São Judas Tadeu, se defendeu enviando uma nota para reportagem, enaltecendo que, na época do ocorrido, tomaram as medidas administrativas legais e cabíveis.
Ainda segundo a nota da enviada, eles informaram que a documentação e os vídeos do sistema "foram encaminhados à autoridade policial competente, bem como foi registrado boletim de ocorrência". A mãe do estudante informou que transferiu o filho para uma outra escola da região.
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