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Notícias / Devolução

Estátua de mais de dois mil anos será devolvida à Líbia por museu dos EUA

A obra da Dinastia Ptolomaica teria sido saqueada durante a ocupação britânica na Segunda Guerra Mundial e agora será devolvida aos donos originais

por Isabelly de Lima

Publicado em 03/06/2024, às 09h55

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A estátua que será devolvida para a Líbia - Reprodução / Museu de Arte de Cleveland
A estátua que será devolvida para a Líbia - Reprodução / Museu de Arte de Cleveland

Uma escultura representando um homem barbudo em movimento será finalmente repatriada para a Líbia. Esta peça de basalto negro, com aproximadamente 2.200 anos, foi criada durante a Dinastia Ptolomaica, que governou grande parte do norte da África e terminou em 30 a.C., com a morte de Cleópatra, a última rainha dessa dinastia.

O artefato foi saqueado da Líbia durante a ocupação britânica na Segunda Guerra Mundial, conforme informado pelo Museu de Arte de Cleveland. Tanto a Líbia quanto o Egito estavam sob o domínio da dinastia naquela época. O museu, que tem mantido a estátua desde 1991, anunciou a devolução planejada em um comunicado à imprensa.

Com base em novas informações fornecidas pelo Departamento de Antiguidades e em pesquisas, o museu reconhece voluntariamente a estátua como propriedade da Líbia”, dizia o comunicado compartilhado com a CNN.

A estátua, com quase 60 centímetros de altura, foi esculpida em basalto, uma rocha vulcânica dura formada a partir de lava. O homem barbudo está vestido de acordo com a “moda da época”: camiseta, saia envolvente e xale.

Descoberta do item

A figura foi descoberta em um grande vaso de armazenamento durante as escavações de 1937 e 1938 no Palácio Colunado de Ptolemais, na Cirenaica, hoje parte do leste da Líbia, de acordo com um comunicado compartilhado com a CNN pelo Museu de Arte de Cleveland.

A estátua estava no Museu Ptolemais na Líbia, que foi destruído durante a ocupação britânica da região. Uma publicação de 1950 de um estudioso italiano observou que a escultura “provavelmente foi perdida em 1941”.

Em 1960, a peça foi parar em Lucerna, na Suíça. Entre 1966 e 1991, esteve na coleção particular dos colecionadores de arte nova-iorquinos Lawrence e Barbara Fleischman, sendo doada ao Museu de Arte de Cleveland em 1991.

Dada a raridade do tipo de escultura — talhada em pedra, com réplicas precisas muito improváveis ​​— e a semelhança extremamente estreita entre a escultura cedida ao museu em 1991 e a escultura descrita e ilustrada em 1950, juntamente com os acontecimentos de guerra ocorridos na Líbia, o museu concluiu que a escultura pertence legitimamente à Líbia”, disse o museu à CNN.