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Notícias / Grécia

Estação de metrô em Tessalônica inaugura com 300 mil achados arqueológicos

Após mais de duas décadas de construção, foram inauguradas as 13 estações-arqueológicas do metrô em Tessalônica, na Grécia

Redação Publicado em 07/12/2024, às 12h20

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Inauguração do metrô em Tessalônica - Reprodução/Youtube (@simonkranz25)
Inauguração do metrô em Tessalônica - Reprodução/Youtube (@simonkranz25)

Após mais de duas décadas de construção, foram inauguradas as 13 estações-arqueológicas do metrô em Tessalônica, na Grécia. Durante as escavações, os arqueólogos fizeram descobertas significativas, incluindo praças de mármore, uma basílica cristã primitiva, uma via romana, sistemas de água e drenagem e antigas necrópoles gregas.

No total, foram mais de 300.000 achados desde o início da construção. Segundo comunicado do Ministério da Cultura, essas descobertas obrigaram modificações no projeto original do metrô, com engenheiros precisando adaptar os túneis e estações para preservar os artefatos.

O prazo inicial de conclusão, previsto para 2012, foi prorrogado por anos, gerando custos adicionais que ultrapassaram os €3 bilhões (cerca de R$ 15,7 bilhões), repercute o The Guardian. 

Mais de 300.000 achados arqueológicos foram descobertos desde o início da construção / Crédito: Reprodução/Yotube (@hopintomyboots)
A obra custou cerca de € 3 bilhões / Crédito: Reprodução/Youtube (@simonkranz25)

'Antigo e moderno'

Christos Staikouras, ministro dos Transportes, destacou à midia local que a inauguração marca uma fusão única entre o antigo e o moderno, “integrando o patrimônio arqueológico com a infraestrutura do metrô”. O sistema, o primeiro totalmente automatizado do país, foi projetado para atender a mais de 250.000 passageiros diários. 

O primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis acrescentou: “Quando o povo de Tessalônica tiver a chance de ver esta estação, reconhecerá o enorme esforço feito para que a cidade tenha antiguidade e metrô".

A cerimônia de abertura, marcada para este sábado, 7, contará com a presença de autoridades gregas, incluindo o presidente e o primeiro-ministro, e também de representantes estrangeiros, como o ministro italiano de Infraestrutura, Matteo Salvini, já que a construtora italiana Webuild fez parte do consórcio responsável pela obra.

Apesar dos avanços tecnológicos, o projeto gerou controvérsias, especialmente entre historiadores. Angelos Chaniotis, professor na Universidade de Princeton, lamentou a "perda da autenticidade dos achados", que foram “cortados e costurados” para se ajustar à construção do metrô.

“A construção do subterrâneo comprometeu a autenticidade das antiguidades e não justifica celebrações”, escreveu em um artigo publicado no jornal Kathimerini.