Novas descobertas foram realizadas em Al-Ghuraifa, região conhecida por suas abundantes descobertas arqueológicas
Uma nova descoberta impressionante foi realizada na necrópole de Tuna El-Gebel, localizada na província de Minya, no sul do Egito. Em sua escavação, os arqueólogos encontraram um cemitério pertencente ao Novo Reino do antigo Egito, que revelou múmias, ornamentos, amuletos e até papiros de 15 metros de comprimento com uma reprodução do Livro Egípcio dos Mortos.
No cemitério de 3.400 anos também foram descobertos alguns caixões com a inscrição do nome de duas mulheres. A necrópole está localizada em Al-Ghuraifa, 220 quilômetros ao sul da capital Cairo, segundo divulgado pelo Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito, no último domingo, 15.
A área pertente ao período em que o Egito se estabeleceu como uma potência mundial, entre os séculos 16 e 11 a.C. Este momento da história do Egito antigo também comporta desde a Décima Oitava Dinastia até a Vigésima Dinastia, se estendendo entre 1549 a.C. a 1069 a.C.
Conforme repercutido pelo UOL, o cemitério também é lar dos restos mortais de sacerdotes e outros funcionários de alto escalão do Estado, abrigados em múltiplas tumbasescavadas na rocha, formando um tesouro de antiguidades.
Joias elaboradas, sarcófagos feitos de pedra e madeira, amuletos e uma coleção de estátuas shabti, confeccionadas com argila e madeira, estão entre as relíquias desenterradas, segundo a revista Luxor Times.
Outra importante revelação foi o primeiro papiro a ser regatado intacto de Al-Ghurifa. Conforme divulgado por Mostafa Waziri, secretário-geral do SCA (Conselho Supremo de Antiguidades), avaliações preliminares determinaram que ele mede 15 metros de comprimento e possui relação com o Livro dos Mortos, importante texto da mitologia egípcia.
Há sete anos procurávamos o cemitério do Novo Reino e finalmente o encontramos, nesta sétima fase de escavações, iniciada em agosto.” afirmou Waziri.
Vale lembrar que a região de Al-Ghuraifa, em Minya, foi encontrada em 1925, e desde então se tornou conhecida por suas abundantes descobertas arqueológicas, que inclui 35 tumbas, 90 caixões e 10.000 estátuas, conforme divulgado pelo jornal britânico Daily Mail.