Os artefatos foram descobertos em Thonis-Heracleion, cidade portuária que desapareceu no Mediterrâneo há mil anos
Uma enigmática cidade submersa no litoral do Egito acaba de revelar um de seus segredos. Arqueólogos subaquáticos encontraram templos repletos de objetos egípcios e gregos antigos. O local servia de homenagem à Afrodite, deusa grega do amor, e Amon, deus egípcio do vento.
Conforme o site Business Insider, os pesquisadores se depararam com os templos durante uma caça no sítio Thonis-Heracleion, cidade portuária do Egito que desapareceu nas profundezas do Mediterrâneohá cerca de mil anos.
O encontro do templo de Amon foi divulgado nesta terça-feira, 19, pelo Instituto Europeu de Arqueologia Subaquática (IEASM). Segundo repercutido pelo portal da Revista Galileu, um grupo de especialistas liderado pelo arqueólogo Franck Goddio foi responsável pela localização do santuário em Thonis-Heracleion, na Baía de Aboukir.
Em nota, o IEASM também esclareceu que o templo de Amon era o local onde os faraós se direcionavam “para receber os títulos de seu poder como reis universais do deus supremo do antigo panteão egípcio”.
Múltiplos tesouros foram encontrados no templo egípcio, como frascos para unguentos ou perfumes, joias de ouro e objetos de prata utilizados em rituais. Conforme o instituto, todos eles “testemunham a riqueza deste santuário e a piedade dos antigos habitantes da cidade portuária”.
Informações sobre o templo de Afrodite foram divulgadas na última quarta-feira, 20, no Facebook do Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito. O perfil esclareceu que o local foi construído em 5 a.C., e que peças de bronze e cerâmicas foram encontradas em seu interior.
O IEASM também afirmou que as descobertas apontam que “os gregos autorizados a comercializar e a estabelecer-se na cidade durante o tempo dos faraós da dinastia Saïte (664 – 525 a.C.) tinham os seus santuários para os seus próprios deuses”.
Thonis-Heracleion, localizado a 6,9 quilômetros da costa do Egito, foi fundado por volta do século 8 a.C. A cidade experienciou uma série de catástrofes naturais e ficou completamente submersa no Mar Mediterrâneo no século 8 d.C., segundo informações do portal do líder da expedição.