O Museu Nacional, localizado no Rio de Janeiro, sofreu com um incêndio em 2018
Em 2018, o Museu Nacional — localizado na cidade do Rio de Janeiro, e vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (URFJ) — sofreu com um incêndio devastador, que provocou a destruição de uma parte considerável do acervo e do edifício. Por isso, desde então, o prédio histórico passa por um complexo processo de restauração, que é planejado se estender até 2027.
Com o trabalho voltado à restauração do edifício, porém, não somente itens do acervo de antes do incêndio são encontrados, como também alguns vestígios novos, visto que o museu por si só também é um prédio histórico, sendo também um antigo palácio da realeza, o Palácio de São Cristóvão.
No caso, partes da estrutura de uma antiga capela, vestígios de piso e calçamento, um antigo fogão e alguns frascos de vidro estão entre os artefatos descobertos no processo de restauração do Museu Nacional.
De acordo com o professor e coordenador de atividades do Museu Nacional, Marcos André Torres de Souza, as escavações atuais revelam como o edifício se transformou ao longo do tempo, o que permite "desvendar e incorporar novos entendimentos sobre o nosso passado".
Esses achados têm o potencial de expor a arqueologia do museu ao futuro visitante, permitindo tanto a exibição de estruturas arquitetônicas que estavam encobertas, e que ajudam a contar a rica história do edifício que abrigou a família real e imperial, quanto a recuperação de artefatos que contam a história das pessoas que viveram e trabalharam nas suas dependências", afirma o professor.
Ele também explica que a abordagem arqueológica do projeto de restauração, monitorado por arqueólogos da UFRJ, busca não só revelar novos itens e recuperar os antigos, como também informações sobre o cotidiano dos grupos que viviam no antigo palácio, tanto de pessoas que ali trabalhavam, quanto da própria família real, como informado pelo portal R7.