A empresária e estrela de reality show declarou que espera que as sentenças de prisão perpétua dos irmãos sejam reconsideradas
A empresária e estrela de reality show, Kim Kardashian está apoiando os irmãos Menendez em um ensaio pessoal compartilhado na última quinta-feira com a NBC News. "Passei um tempo com Lyle e Erik; eles não são monstros", disse a americana, que acredita que os irmãos foram injustiçados pelos promotores e pela mídia.
Condenados pelo assassinato de seus próprios pais, Jose e Kitty, em sua casa em Beverly Hills, os irmãos "foram condenados antes mesmo do início do julgamento", escreve ela.
O promotor distrital do condado de Los Angeles disse, na quinta-feira, que seu escritório revisaria possíveis evidências a fim de determinar se a dupla deveria ser condenada novamente e possivelmente libertada.
"Minha esperança é que as sentenças de prisão perpétua de Erik e Lyle Menendez sejam reconsideradas", disse Kardashian, conforme informações da NBC News. "Devemos isso àqueles meninos que perderam a infância, que nunca tiveram a chance de serem ouvidos, ajudados ou salvos", acrescentou.
Kardashian conheceu os irmãos no mês passado, quando conversou sobre a reforma prisional com detentos em uma prisão da Califórnia perto de San Diego. O ator Cooper Koch, que interpreta Erik Menendez na série da Netflix "Monstros: Irmãos Menendez', se juntou a ela.
Os irmãos disseram, em seu primeiro julgamento em 1993, que o pai, executivo de uma gravadora, havia abusado sexualmente deles por anos, e que os assassinatos foram um ato de legítima defesa motivado pelo medo e trauma prolongado. No entanto, os promotores alegaram que Lyle e Erik mataram seus pais para herdar a fortuna e, em seguida, gastaram extravagantemente.
Esse julgamento terminou com o júri dividido. Quando foram julgados novamente em 1995, a maioria das alegações de abuso foi considerada inadmissível, e ambos foram condenados à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
Kim Kardashian, em seu ensaio, reconheceu que os crimes cometidos pelos irmãos "não são desculpáveis" e que o comportamento deles após as mortes também não deve ser ignorado. No entanto, ela argumenta que, na época, havia poucos recursos disponíveis para vítimas de abuso sexual, especialmente meninos.
"Não acredito que passar toda a sua vida natural encarcerado tenha sido a punição certa para este caso complexo. Se esse crime tivesse sido cometido e julgado hoje, acredito que o resultado teria sido dramaticamente diferente", escreve ela. De acordo com a fonte, os advogados da dupla estão tentando contestar sua prisão com base em evidências que não eram conhecidas na época do julgamento.