Alexandre de Moraes, presidente do TSE, alega que operações da PRF não "impediram a votação" em nenhum caso
Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou nesta tarde que as operações realizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) "em nenhum caso impediram a votação" nos estados. Apesar disso, ele também alegou durante coletiva de imprensa que as ações policiais foram interrompidas, a pedido do próprio TSE.
Segundo a TV Globo, e como repercutido pelo UOL, as operações realizadas pela PRF aconteceram principalmente no Nordeste, atrasando a votação de uma quantidade expressiva de brasileiros — região cujo eleitorado é principalmente apoiador do candidato Luiz Inácio Lula da Silva —, sendo quase 50% delas realizadas lá. O diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, por sua vez, afirmou que as ações foram realizadas com base no código de trânsido brasileiro.
No entanto, ainda segundo Alexandre de Moraes, "isso [as operações da PRF], em alguns casos, retardou a chegada dos eleitores até a seção eleitoral. Mas, em nenhum dos casos, impediu os eleitores de chegarem às suas seções eleitorais. Em que pese que será apurado caso a caso".
Nas redes sociais, eleitores de todo o Brasil compartilham imagens de abordagens da PRF, que estariam atrapalhando as viagens realizadas por diversos brasileiros aos locais de votação. De acordo com um passageiro de uma van parada em Teotônio Vilela, no Alagoas, em entrevista ao UOL, a abordagem foi "tranquila", mas atrasou a viagem em "cerca de 30 minutos".
Já a coligação Brasil da Esperança, do ex-presidente e atual candidatoLuiz Inácio Lula da Silva, enviou uma manifestação acusando as operações da PRF de se tratarem de uma espécie de impedimento proposital ao eleitorado nordestino, majoritariamente a favor do petista. Além disso, também pediram a prisão dos envolvidos nas ações policiais.
A realização das ações policiais se tornam problemáticas não só pelo impacto que podem causar nos resultados eleitorais, mas também porque o próprio Tribunal Superior Eleitoral proibiu qualquer operação que afete o transporte público dos eleitores, decisão essa determinada por Alexandre de Moraes na noite do último sábado, 29.