O jornal, considerado um dos mais importantes do mundo, ainda comentou decisão aprovada pelo TSE contra fake news
Após a decisão aprovada ontem pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de agir por conta própria contra fake news, o jornal estadunidense The New York Times, publicou uma reportagem sobre a atual situação de combate às fake news no Brasil.
Em sua publicação, o periódico considerou como "uma das ações mais agressivas tomadas por qualquer país para combater informações falsas" a decisão do TSE de retirar conteúdos online por conta própria, mesmo sem provocação pelo Ministério Público ou por advogados.
Como noticiado pelo UOL, Jack Nicas, jornalista que cobre o Brasil e outros países sulamericanos, é quem assina o texto. Ele afirma que a situação é inédita e provocará um crescente debate global sobre os limites para se combater fake news.
Ele afirma que a ação fará com "que uma única pessoa decida o que pode ser dito online", se referindo a Alexandre de Moraes, presidente do TSE.
Ele tem sido talvez o controle mais eficaz do país sobre [o presidente Jair] Bolsonaro, que há anos ataca a imprensa, os tribunais e os sistemas eleitorais do país. Mas, no processo, Moraes levantou preocupações de que seus esforços para proteger a democracia do país a tenham desgastado", diz um trecho do texto.
Na matéria, também é contextualizado o momento eleitoral brasileiro que coloca o segundo turno como um dos momentos mais importantes da história do Brasil há décadas, no qual, a própria democracia está em jogo.
O jornalista também lembrou a fala de Cármen Lúcia, ministra do STF, que alegou que "o retorno da censura não pode ser permitido sob nenhum argumento no Brasil", mas enfatizava também houve um aumento da proliferação da desinformação e do discurso de ódio.