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Notícias / Rio de Janeiro

Corte de energia na UFRJ gera risco de incêndios para o Museu Nacional

A interrupção no fornecimento de energia em prédios da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) tem causado preocupação para o Museu Nacional

Luiza Lopes Publicado em 14/11/2024, às 08h49

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Wikimedia Commons via Omar Uran - Prédio da reitoria da UFRJ
Wikimedia Commons via Omar Uran - Prédio da reitoria da UFRJ

A interrupção no fornecimento de energia em prédios da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) tem causado grande preocupação para o Museu Nacional. Vinculado à instituição, o museu ainda está em processo de reconstrução após o incêndio de 2018, que devastou parte do acervo do Palácio São Cristóvão, na zona norte do Rio de Janeiro.

Realizado pela Light após tentativas frustradas de negociação desde junho, o corte de energia ameaça diretamente a segurança do acervo e o andamento das pesquisas. O impacto é significativo em três áreas com medições de consumo distintas sob responsabilidade do museu, segundo informações do Estadão. 

Embora a área do horto mantenha o fornecimento, o Palácio Imperial e o campus de pesquisa foram afetados pelo corte. Neste último, onde estão coleções sensíveis e novas aquisições, a falta de energia já compromete a refrigeração da coleção de invertebrados, conservada em álcool, o que aumenta o risco de incêndio e de degradação das peças.

Temos alguns prédios provisórios que hoje abrigam coleções sensíveis, como as que sobreviveram ao incêndio e que estão preservadas em álcool. Se não houver ar condicionado, existe a possibilidade de, num dia de calor, o material entrar em combustão. Se houver um novo incêndio, quem é que vai se responsabilizar?", ressaltou o diretor do Museu, Alexander Kellner, à CBN. 

Corte de energia

Em nota, a Light informou que "manteve o fornecimento de energia para unidades essenciais, como serviços de saúde e segurança", mas suspendeu em outras áreas da UFRJ devido a uma dívida de R$ 31,8 milhões em contas vencidas e R$ 3,9 milhões em parcelas de um acordo de 2020, dos quais R$ 13 milhões já foram pagos.

Já a UFRJ publicou um comunicado afirmando que enfrenta "restrições orçamentárias" e solicitou ao Ministério da Educação (MEC) suplementação para evitar o corte, embora a tutela antecipada que obtiveram tenha sido revogada pela Justiça após recurso da empresa.

O MEC declarou que trabalha para mitigar reduções orçamentárias, mas destacou a autonomia das universidades para gestão financeira "garantida pelo artigo 207 da Constituição Federal". Informou ainda que a UFRJ dispõe de uma dotação de R$ 430,5 milhões em 2024, excluídos os recursos destinados a pessoal.