O museu abriga documentos e objetos pessoais de prisioneiros do gulag, com o objetivo de conscientizar sobre os horrores da repressão política
O Museu de História Gulag, premiado por preservar a memória das vítimas do sistema de campos de trabalho forçado da era soviética, anunciou seu fechamento repentino nesta quinta-feira, 14.
Oficialmente, o encerramento foi atribuído a supostas violações de normas de segurança contra incêndios. No entanto, críticos afirmam que a medida é parte de uma campanha do Kremlin para reprimir instituições independentes que confrontam a narrativa oficial sobre o passado soviético, de acordo com o The Guardian.
Fundado em 2001, o museu abriga uma extensa coleção de documentos, fotografias e objetos pessoais de prisioneiros do gulag, com o objetivo de conscientizar sobre os horrores da repressão política. Em 2021, recebeu o Prêmio Museu do Conselho da Europa por seu trabalho em manter viva a memória histórica.
A decisão ocorre em um contexto de repressão crescente na Rússia, onde preocupações com segurança têm sido frequentemente usadas como pretexto para fechar organizações culturais independentes. Nos últimos anos, o governo de Vladimir Putin tem reescrito aspectos da história soviética, destacando a vitória na Segunda Guerra Mundial e minimizando os abusos dos campos de trabalho forçado.