Uma funcionária do Museu de História Nacional do Reino Unido fez uma importante descoberta para a ciência após inseto pousar em sua bolsa
Giuliana Sinclair, funcionária do Museu de História Natural do Reino Unido, fez uma descoberta fascinante ao avistar um inseto peculiar sobre sua bolsa durante o trajeto para o trabalho.
A imagem capturada por Sinclair e publicada na plataforma de ciência cidadã iNaturalist revelou a presença de uma espécie invasora, não observada no país há quase duas décadas.
A fotografia compartilhada na plataforma chamou a atenção da comunidade científica, levando a questionamentos sobre a localização e o momento do avistamento.
Especialistas identificaram o inseto como um percevejo-renda (Corythucha ciliata), o que resultou no lançamento de uma operação nacional de monitoramento baseada na imagem inicial.
"Eu estava no ônibus, indo do trabalho para casa, sentei e coloquei minha mochila no colo", relembrou ela através de comunicado. "Daí, encontrei essa pequena criatura, que estava apenas rastejando na minha mochila. Era muito pequena e meio rendada".
O Woodland Trust e a Comissão Florestal do Reino Unido rapidamente se mobilizaram, enviando voluntários para inspecionar áreas arborizadas próximas ao museu.
Embora o inseto não tenha sido encontrado nas proximidades imediatas, uma população foi localizada em um parque próximo. A habilidade dos percevejos-renda adultos de voar pode explicar como um exemplar acabou sobre a bolsa de Sinclair.
Diante das recentes descobertas na região central de Londres, Andrea Deol, chefe de saúde vegetal da Comissão Florestal britânica, destacou a intensificação das atividades de vigilância e incentivou o público a relatar possíveis avistamentos através do portal TreeAlert.
Os percevejos-renda, nativos dos Estados Unidos, alimentam-se principalmente das árvores conhecidas como plátanos-de-Londres. Introduzidos no Reino Unido em 2006, esses insetos têm causado preocupação devido à sua capacidade de tornar essas árvores mais vulneráveis a infecções fúngicas.
"Por quantas plantas passamos, por quantos insetos, e não pensamos em nada sobre eles?", indagou Sinclair. "Você não precisa ser um especialista. Apenas tirando uma foto e enviando-a, temos o poder da ciência comunitária por trás de nós – e veja o que isso cria".
Apesar de terem desaparecido do país desde então, sua redescoberta gera apreensão e ressalta a importância das plataformas digitais na ciência comunitária.