Órgão ainda lamentou “proliferação de trajes que têm conotações ofensivas e degradantes” em relação à profissão; entenda!
O Conselho Geral de Enfermagem da Espanha publicou uma nota nesta terça-feira, 31 — dia em que se comemora o Halloween —, pedindo para que os lojistas parem de vender fantasias de "enfermeiras sexy".
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Segundo o órgão, que representa cerca de 330 mil enfermeiros e enfermeiras por todo o país, as roupas prejudicam a percepção do público em relação à profissão, além de perpetuar uma imagem "sexualizada, trivial e frívola" das mulheres.
Segundo o The Guardian, o Conselho ainda apontou que as fantasias desta natureza não possuem mais lugar numa sociedade moderna e igualitária. Eles também criticaram os trajes de enfermeiras "zumbis" e "assassinas", apontando que as mesmas prestam um desserviço à profissão.
"Enquanto as pessoas se preparam para celebrar o Halloween e o Dia de Todos os Santos, o Conselho Geral de Enfermagem lamenta a proliferação de trajes que têm conotações ofensivas e degradantes no que diz respeito à profissão", afirmou num comunicado.
Vejamos, por exemplo, os trajes curtíssimos e sensuais das enfermeiras, que não têm nenhuma semelhança com os uniformes reais. E depois há os trajes banhados em sangue, os assassinos e os mortos-vivos, todos agora típicos desta celebração que se tornou tão enraizada no nosso país, especialmente entre as crianças e os jovens”.
O Conselho ainda renovou seus apelos aos lojistas e revendedores para que parem de vender fantasias que "ligam paradoxalmente a morte e o homicídio" aos profissionais cujo trabalho é ajudar a curar e cuidar das pessoas.
"Enfermeiros e enfermeiras não gostam de ter que suportar a onda anual de fantasias de 'enfermeira sexy', 'assassina' ou 'zumbi', pois isso os confunde e ofende", disse o presidente do Conselho, Florentino Pérez Raya.
[Essas roupas] prejudicam a imagem pública de uma profissão cuja dedicação exige não apenas qualificações acadêmicas e universitárias de alto nível, mas que também é reconhecida como um bastião da qualidade da saúde", prosseguiu.
Raquel Rodríguez Llanos, vice-presidente do órgão, corroborou com as falas, mas salientou que o discurso não é uma crítica única ao Halloween. "São também festas, despedidas de solteiro, festas particulares e carnavais. Apelamos a todas as mães e pais para que não vistam os seus filhos e filhas com trajes ofensivos à profissão, porque é assim que estas práticas se normalizam e continuam na idade adulta."