Publicado originalmente em 1967, o livro 'Black Power – A Política de Libertação nos Estados Unidos', de Charles V. Hamilton e Kwame Ture, apresenta importante debate social
Recém-lançada pela Editora Jandaíra, a obra "Black Power – A Política de Libertação nos Estados Unidos", de Charles V. Hamilton e Kwame Ture (antes conhecido como Stokely Carmichael) foi o primeiro livro a definir o conceito de racismo institucional.
Publicada originalmente em 1967, a obra foi fundamental para a luta do movimento negro, ao denunciar o preconceito racial.
Escrita no auge da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, a obra discute o enfrentamento à supremacia branca e denuncia a opressão cometida pela branquitude.
“Este livro se mantém como um símbolo da juventude e da autoconfiança do movimento Black Power, que elevou a luta por direitos civis nos Estados Unidos e inspirou movimentos de libertação em todo o mundo. No fim dos anos 1960 e 1970, os ativistas do Black Power impulsionaram uma nova consciência coletiva que unia lutas globais por meio de visões anticoloniais, anti-imperialistas e pan-africanas. O Black Power acentuou o orgulho de se ter a pele mais escura e o cabelo natural como uma celebração estética da beleza negra”, escreveu Bokar Biro Ture, filho de Kwame Ture, no prefácio.
De acordo com a ativista do Movimento Negro desde a década de 1960, Elida Monteiro Damazio, a obra reconhece, ainda, a importância das mulheres negras na luta contra o racismo.
“As referências acadêmicas e o tom de manifesto revolucionário não lhe tiram a verve de um romance arrebatador e nos provocam a mesma emoção de assistir a um filme de Ava DuVernay ou de Spike Lee”.
Disponível na Amazon em formato Kindle e edição física, "Black Power – A Política de Libertação nos Estados Unidos", ainda hoje, é uma obra fundamental para entender conceitos fundamentais da luta do movimento negro.