Código genético identificado pode ter desempenhado um papel fundamental no surgimento de nossa espécie.
Estudos recentes apontam que genes com papéis semelhantes em diversos organismos são, na verdade, exclusivamente humanos. De acordo com os pesquisadores, esses dados podem ajudar no entendimento sobre as principais diferenças entre humanos e chimpanzés, nossos parentes vivos mais próximos.
O estudo, publicado na revista Nature Genetics, analisou dezenas de genes que codificam proteínas chamadas Fatores de Transcrição (FTs), através do aperfeiçoamento de características conhecidas como Motivos.
"Mesmo entre espécies intimamente relacionadas, há uma parte não desprezível de FTs que ligam sequências diferentes", disse Sam Lambert, que liderou o estudo na Universidade de Toronto. "Isso significa que eles provavelmente teriam novas funções ao regular os genes, o que pode ser importante para diferenciar as espécies".
Com auxílio do novo software, a equipe conseguiu analisar pequenas frações de DNA, para uma visão mais precisa dessas características. Durante a pesquisa, a equipe notou que muitos FTs humanos reconheciam sequências de DNA distintas de seus correspondentes nos animais.
Enquanto chimpanzés e humanos compartilham 99% de seus genomas, os pesquisadores dizem que poucos FTs podem levar a diferenças significativas na expressão gênica. "Acreditamos que essas diferenças moleculares podem estar conduzindo algumas das diferenças entre chimpanzés e humanos", disse Lambert.
Os primeiros primatas surgiram na Terra há 55 milhões de anos. Nossa árvore genealógica contou com a ascensão e desaparecimento de diversos antropoides, até o surgimento do Homo Sapiens e dos chimpanzés modernos. Nosso ancestral comum surgiu por volta de sete milhões de anos atrás.