A discussão teria acontecido no mesmo dia em que a babá de Henry relatou as agressões sofridas pelo menino
De acordo com informações publicadas na última quinta-feira, 15, pelo portal de notícias G1, a cabeleireira que atendeu Monique Medeiros no dia em que a babá do menino Henry Borel, relatou as agressões sofridas pela criança por parte de Jairinho, deu novos detalhes à polícia que investiga o caso sobre a situação que presenciou.
Segundo revelado na publicação, no dia 12 de fevereiro a mãe de Henry foi até um salão de beleza localizado em um shopping, no Rio de Janeiro. Na ocasião, a mulher pediu para fazer as unhas das mãos e pés, além de uma escova no cabelo.
Durante o atendimento, a cabeleireira afirma que Monique fez uma chamada de vídeo com o filho, que teria relatado ter apanhado do padrasto. A profissional afirma que a criança estava com um “choro manhoso” quando perguntou à Medeiros se ele estaria atrapalhando: "O tio disse que eu te atrapalho", teria dito Henry na ocasião.
A mulher teria respondido que o filho não atrapalha de “forma alguma”. Na sequência, Monique e Dr. Jairinho começaram uma discussão por telefone: “Você nunca mais fale que meu filho me atrapalha, porque ele não me atrapalha em nada!”, teria dito a mãe de Henry.
De acordo com a profissional, a discussão continuou durante o atendimento: “Você não vai mandar ela embora, porque se ela for embora, eu vou embora junto, porque ela cuida muito bem do meu filho. Ela não fez fofoca nenhuma, quem me contou foi ele”. Teria dito a Medeiros, sobre a babá.
Ao final da briga, a profissional do salão afirmou que Monique disse para Jairinho: “Quebra! Pode quebrar tudo mesmo! Você já está acostumado a fazer isso!”. A cabeleireira ainda reitera que ouviu o pequeno Henry, de quatro anos, pedir para a mãe voltar para casa.
No domingo de 7 de março de 2021,o engenheiro Leniel Borel deixou seu filho Henry na casa da mãe do garoto, sua ex-esposa Monique. Segundo a mulher, via UOL, o menino teria chegado cansado, pedindo para dormir na cama que ela dividia com Jairinho.
Por volta das 3h30 da madrugada, o casal foi verificar o pequeno e acabou encontrando Henry no chão, já desacordado. Monique e o vereador levaram o garoto às pressas para o hospital, enquanto avisavam Leniel, que, desconfiado, abriu um Boletim de Ocorrência.
O caso começou a ser investigado no mesmo dia e, até hoje, a polícia já ouviu cerca de 18 testemunhas. Tendo em vista que a morte do garoto foi causada por “hemorragia interna e laceração hepática [danos no fígado] causada por uma ação contundente”, os oficiais já reuniram provas o suficiente para descartar a hipótese de um acidente, segundo o G1.
O inquérito, no entanto, ainda não foi concluído e, dessa forma, nenhum suspeito foi acusado formalmente, mesmo que a polícia acredite que trate-se de um assassinato. Da mesma forma, falta esclarecer o que realmente aconteceu com Henry naquele dia.