Luccas Abagge foi condenado em 2019 por homicídio qualificado e tentativa de homicídio
O filho de uma das condenadas pela morte de Evandro Ramos Caetano, em Guaratuba, no Paraná, há 30 anos, foi preso no último sábado, 18, usando um documento falso com o nome do menino.
Luccas Abagge, de 32 anos, tentava entrar no Brasil, atravessando a fronteira com o Paraguai com Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, quando foi parado pela Polícia Militar (PM) por estar em um veículo com os faróis apagados.
Abordado pelos oficiais, o homem mostrou uma carteira de habilitação com o nome de Evandro Oliveira Ribeiro. No entanto, a consulta do documento na Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) mostrou a foto de outro motorista, o que fez com que outra consulta fosse feita, desta vez ao sistema do Paraná.
As autoridades constataram, assim, que o indivíduo era Luccas Abagge, identificando ainda a existência de um mandato de prisão aberto no estado em 2019.
Luccas foi condenado por homicídio qualificado e tentativa de homicídio pelo assassinato de um adolescente a tiros e tentativa de ferir outro em 2015, em Curitiba. Ele também havia sido condenado a 54 anos por outro homicídio ocorrido em 2016.
De acordo com o g1, ele estava acompanhado da esposa, que afirmou não saber que o marido era procurado, nem que seu nome não era Evandro. Ela foi ouvida como testemunha e liberada.
O rapaz foi encaminhado para a 1ª Delegacia de Polícia de Ponta Porã e, segundo registros policiais, o uso de algemas foi necessário na ação pois ele se encontrava “muito agressivo e nervoso”.
Em 1992, o desaparecimento e morte de Evandro Ramos Caetano, de sete anos de idade, em Guaratuba, Paraná, chocou o Brasil. Na época, o garoto havia sumido no trajeto da escola para casa.
Dias depois, seu corpo foi encontrado em um matagal. O garoto teve órgãos retirados e as mãos e pés cortados. A polícia acreditou que a morte do menino tinha sido parte de um ritual macabro, em um crime que também ficou conhecido como “As Bruxas de Guaratuba”.
Beatriz Abagge, Davi dos Santos Soares, Osvaldo Marcineiro e outras pessoas chegaram a confessar participação no crime, entretanto, posteriormente alegaram que haviam sido torturados para confessarem o crime.