Empresa Ocean Infinity interrompe operação devido à "falta de temporada" e frustra familiares das vítimas, que clamam por respostas
Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 03/04/2025, às 14h48
A busca pelo voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido em 2014, foi novamente interrompida pela empresa de exploração marítima Ocean Infinity. A decisão, justificada pelo ministro dos Transportes da Malásia, Anthony Loke, como consequência da "falta de temporada" para a operação, frustra as expectativas de familiares das 239 pessoas a bordo, que esperavam um desfecho para o mistério.
Apesar da suspensão temporária, Loke garantiu que a Ocean Infinity retomará as buscas no final de 2025. A empresa, que já havia liderado uma busca malsucedida em 2018, iniciou uma nova operação em 2024, explorando uma área de 5.800 milhas quadradas no sul do Oceano Índico.
O desaparecimento do Boeing 777, que voava de Kuala Lumpur para Pequim, completa 11 anos em 2025. Ao longo desse período, diversas buscas foram realizadas, mas apenas alguns destroços foram encontrados, alimentando teorias e incertezas sobre o que realmente aconteceu com o avião.
A cada aniversário do desaparecimento, familiares das vítimas se reúnem para exigir respostas das autoridades malaias. Em março de 2024, em Pequim, manifestantes gritaram "Devolvam nossos entes queridos!" e questionaram: "Quando os 11 anos de espera e tormento terminarão?".
Segundo a 'CBS News', a Ocean Infinity opera sob o princípio de "sem descoberta, sem pagamento", ou seja, o governo malaio só pagará pela busca se a aeronave for encontrada. Essa condição, já utilizada na busca anterior da empresa, demonstra a complexidade e os desafios da operação.
O desaparecimento do MH370 é cercado por teorias, desde falhas no controle de tráfego aéreo até a possibilidade de o piloto ter desviado o avião deliberadamente. Um relatório final sobre a tragédia, divulgado em 2018, não apresentou conclusões definitivas sobre as causas do desaparecimento.
