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Notícias / Reino Unido

Britânica é condenada após manter filha em gaveta por quase três anos

Criança que era mantida em gaveta debaixo da cama da mãe foi resgatada poucas semanas antes de seu aniversário de três anos

por Giovanna Gomes
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Publicado em 27/11/2024, às 09h41

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Criança era mantida em gaveta sob a cama - Divulgação/Polícia de Cheshire
Criança era mantida em gaveta sob a cama - Divulgação/Polícia de Cheshire

Uma britânica foi condenada à prisão após esconder sua filha em uma gaveta debaixo da cama por quase três anos. A criança, encontrada pouco antes de completar três anos em sua casa em Cheshire, apresentava cabelos emaranhados, deformidades físicas e erupções cutâneas, conforme relatado pelo Tribunal da Coroa de Chester. O nome da mulher não foi divulgado para proteger a identidade da filha.

Durante o julgamento, foi revelado que a mãe manteve a menina isolada, longe de seus outros filhos e até do próprio parceiro. Ela alimentava a criança com Weetabix misturado com leite por meio de uma seringa e a mantinha em condições extremamente precárias. Segundo o juiz Steven Everett, as ações da mulher foram "inacreditáveis", privando a filha de amor, cuidados médicos e socialização. Ele descreveu as consequências para a criança como "catastróficas - física, psicológica e socialmente".

O promotor Sion ap Mihangel relatou que a menina tinha o desenvolvimento de um bebê de até 10 meses quando foi levada ao hospital, sofrendo de desnutrição grave e desidratação.

Segundo informações do portal Extra, a situação veio à tona quando o parceiro da mãe ouviu um barulho e encontrou a menina em um quarto da casa. Apesar de não resgatá-la de imediato, ele informou parentes e os serviços sociais, que a localizaram ainda escondida na gaveta.

Uma assistente social que visitou o local revelou a indiferença chocante da mãe, que respondeu com naturalidade ao ser questionada se a filha estava na gaveta. A profissional declarou: "Fiquei chocada que a mãe não demonstrou nenhuma emoção e pareceu indiferente sobre a situação. Tornou-se um horror avassalador que eu provavelmente era o único outro rosto (que a criança) tinha visto além do da mãe."

Dois policiais choraram no tribunal ao ouvir o depoimento da atual cuidadora da menina, que revelou que ela sequer sabia seu próprio nome. O juiz descreveu o relato como "verdadeiramente devastador".

O que diz a mãe

Em sua defesa, a mãe alegou desconhecer a gravidez e afirmou ter agido por medo após o parto. Ela admitiu aos assistentes sociais que escondeu a criança para protegê-la de um relacionamento abusivo com o pai. Apesar disso, confessou que a filha "não fazia parte da família".

Em outubro, a mulher se declarou culpada de quatro acusações de crueldade infantil, incluindo negligência, abandono e privação de cuidados médicos. Hoje, a criança está sob cuidados e, segundo o juiz, é uma "garotinha resiliente" que começa a recuperar sua vida após anos de negligência extrema.