"Elize Matsunaga: A mulher que esquartejou o marido", de Ullisses Campbell, apresenta os bastidores do crime que escandalizou o Brasil
Victória Gearini | @victoriagearini Publicado em 14/07/2021, às 12h20 - Atualizado em 25/08/2021, às 09h30
Recém-lançada pela Editora Matrix, a biografia não autorizada "Elize Matsunaga: A mulher que esquartejou o marido", investiga a vida completa da criminosa.
Escrita pelo conceituado jornalista Ullisses Campbell, a obra apresenta os detalhes do crime que escandalizou a sociedade brasileira em 2012.
Em primeiro lugar na lista de mais vendidos da Amazon, na categoria Biografias de Crimes e Criminosos, o livro revela os bastidores de um dos crimes mais chocantes da história brasileira.
Em entrevista ao UOL News, Ullisses Campbell revelou que Elize não matou o então marido Marcos Matsunaga por dinheiro. Além disso, o escritor disse que o livro corrige algumas informações, como o fato da vítima não ser herdeira da empresa Yoki.
Uma coisa que o livro corrige é que Marcos não era herdeiro da empresa, ele tinha menos de 1% da Yoki. A Yoki era de duas irmãs, cada uma delas tinha 38,5%, uma dessas irmãs era mãe do Marcos e o pai dele era CEO da Yoki. Ou seja, Marcos não era um dos executivos", comentou Ullisses Campbell ao portal UOL.
Já em entrevista ao Universa, da UOL, o biógrafo de Elize Matsunaga, afirmou que a técnica em enfermagem recebeu R$ 900 mil após a morte do empresário.Outro ponto considerado pelo jornalista foram os laudos de três psicólogos e um psiquiatra, que teriam afirmado que a mulher possui indícios de psicopatia.
Para escrever a obra, o jornalista investigou a fundo a vida dela, como a juventude em sua cidade natal, em Chopinzinho, no Paraná. Dentre os fatos apurados, ele descobriu que ela teria sido expulsa de casa, após o padrasto tê-la estuprado e afirmado que a então adolescente teria o seduzido.
Ullisses Campbell investigou, ainda, o passado na prostituição. Para isso ele contatou a sua antiga 'mentora'.
Ela me contou que Elize se apaixonava pelos clientes, tinha uma carência muito grande, e achava que encontraria o amor da sua vida”, disse o escritor em entrevista ao Universa.
Conforme o jornalista, no decorrer da biografia não autorizada, os leitores irão se deparar com relatos da conflituosa relação entre Elize e Marcos Matsunaga.
Se uma noite qualquer ele queria transar mas ela não estava disposta, ele dizia: 'mas e quando você era prostituta e não podia negar?'”, revelou o biógrafo.
A obra apresenta, ainda, uma apuração minuciosa do julgamento que, em 2016, condenou a técnica em enfermagem à 19 anos e 11 meses de prisão. Por outro lado, conforme o especialista, Elize nunca foi julgada pelas outras detentas da penitenciária de Tremembé, onde cumpre sua pena atualmente.