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Notícias / Brasil

Símbolo da imigração alemã, Bíblia de 250 anos é salva da enchente no RS

Bíblia com mais de 250 anos do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo quase foi perdida na enchente que atingiu o Rio Grande do Sul em maio

Luiza Lopes, sob supervisão de Éric Moreira Publicado em 25/07/2024, às 10h02

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Bíblia recuperada no Museu Histórico Visconde de São Leopoldo, no RS - Reprodução/RBS TV
Bíblia recuperada no Museu Histórico Visconde de São Leopoldo, no RS - Reprodução/RBS TV

Uma Bíblia de mais de 250 anos, traduzida do grego para o antigo alemão, quase se perdeu na enchente que atingiu o Rio Grande do Sul durante o  último mês de maio.

Graças a ação de voluntários, o item foi salvo das águas que invadiram o Museu Histórico Visconde de São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Esta Bíblia, o item mais antigo do museu, está ligada à história da imigração alemã no Brasil, que celebra seu bicentenário nesta quinta-feira, 25.

Em 1765, ela [a Bíblia] já era antiga quando eles vieram. A gente não sabe quem trouxe, mas com certeza em 1824 já não seria mais nova. Eles tinham tanta coisa para trazer, porque eles iam embora para não voltar mais, e daí traziam uma Bíblia deste tamanho. Não é uma bíblia qualquer", disse Ingrid Marxen, diretora de relações institucionais do museu, ao g1. 

Parte do mobiliário do museu e outros objetos foram danificados, mas ainda podem ser restaurados. Segundo o museu, a água atingiu mais de 1,5 metro e permaneceu no local por cerca de uma semana.

enchentes
Enchentes no Rio Grande do Sul atingiram museu / Crédito: Reprodução/Museu Histórico Visconde de São Leopoldo

Imigração alemã

O bicentenário da imigração alemã no Brasil celebra a chegada de milhares de alemães que buscaram uma nova vida em terras brasileiras no século 19. A viagem de navio partia de portos europeus e durava quase seis meses, segundo o g1.

Dom Pedro I incentivou esse movimento para estabelecer colônias agrícolas e fortalecer o exército brasileiro. O primeiro grupo de imigrantes desembarcou em julho de 1824, inicialmente no Rio de Janeiro, antes de se estabelecer no Sul do Brasil, incluindo São Leopoldo.

No município, o Porto das Telhas se tornou um marco histórico, onde os imigrantes receberam terras, animais, sementes e ferramentas. Esse fluxo migratório transformou a região, contribuindo para o desenvolvimento agrícola, cultural e econômico, e seu legado é celebrado até hoje.