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Notícias / Arqueologia

Barco com ao menos 350 anos é encontrado em Varsóvia, na Polônia

Segundo pesquisadores, a embarcação teria sido feita durante o Dilúvio Sueco, um período de intensos conflitos militares entre 1655 e 1660

por Giovanna Gomes
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Publicado em 04/10/2024, às 13h32

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Restos de embarcação foram encontrados - Divulgação/Serviço de Emergência Arqueológica
Restos de embarcação foram encontrados - Divulgação/Serviço de Emergência Arqueológica

Foram encontrados na Polônia os restos de um barco do século 17, às margens do rio Vístula, próximo à vila de Łomianki Dolne, nos arredores de Varsóvia. Acredita-se que o barco date da época do Dilúvio Sueco, um período de intensos conflitos militares entre 1655 e 1660. A estrutura foi revelada quando a variação dos níveis de água no rio expôs parte da madeira.

Embora os habitantes locais soubessem da existência do barco há algum tempo, somente recentemente ele foi oficialmente relatado ao Conservador de Monumentos da Voivodia da Mazóvia pelo Grupo de Exploração e Pesquisa de Triglav, uma organização que estuda a história local.

Robert Wyrostkiewicz, arqueólogo do Serviço de Emergência Arqueológica, identificou o barco como tendo no mínimo 350 anos, possivelmente mais. Ele explicou à Agência de Imprensa Polonesa (PAP) que o tamanho, os materiais utilizados e a localização sugerem que o barco foi usado para transporte de carga ao longo do Vístula, num período em que essas embarcações eram comuns.

De acordo com informações do portal Archaeology News, esses barcos de fundo chato eram essenciais para a economia polonesa do século 17, principalmente no transporte de grãos para Gdańsk, um importante porto comercial.

Muitas vezes, as embarcações não retornavam devido ao alto custo e dificuldade de navegar rio acima, sendo desmontadas e vendidas como madeira no destino. O barco descoberto mede cerca de 30 metros e tinha capacidade para até 20 jangadeiros, que o moviam manualmente quando não havia vento suficiente para a vela.

Descoberta

A embarcação foi avistada inicialmente em julho por um grupo de ciclistas, que notaram tábuas de madeira emergindo da água e informaram as autoridades. O Grupo Triglav, então, iniciou uma investigação mais detalhada, registrando e fotografando o local.

Wyrostkiewicz destacou que os restos incluem a estrutura esquelética do barco, costelas e pregos forjados à mão, detalhes que ajudaram a datar o achado.

O Dilúvio Sueco devastou grande parte da República das Duas Nações, e essa descoberta pode fornecer informações valiosas sobre a vida econômica ao longo do Vístula durante esse período. Com grande parte do barco ainda submersa, os arqueólogos acreditam que as condições anaeróbicas sob o leito do rio podem ter preservado melhor outras partes da embarcação e, possivelmente, sua carga.