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Apex: Dinossauro mais caro do mundo ganha nova casa

Leiloado em julho deste ano por mais de 44 milhões de dólares, esqueleto de estegossauro se tornou o fóssil mais caro da história

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
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Publicado em 26/12/2024, às 12h10

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Esqueleto do Apex - Divulgação/Sotherby's/Matthew Sherman
Esqueleto do Apex - Divulgação/Sotherby's/Matthew Sherman

Apex, o dinossauro mais caro do mundo, acaba de chegar em sua nova casa, onde passará os próximos quatro anos: o Museu Americano de História Natural, situado na cidade de Nova York. 

Apex é um estegossauro, espécie que se popularizou por conta da franquia Jurassic Park, de Steven Spielberg, nos anos 1990. Em julho deste ano, o esqueleto do dinossauro foi arrematado por mais de 44 milhões de dólares (cerca de R$ 280 milhões) — superando a venda de um Tiranossauro Rex e se tornando o fóssil mais caro da história. 

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E o valor se explica por sua raridade, afinal, Apex é o fóssil de dinossauro mais completo já encontrado. Em vida, um estegossauro possui por volta de 300 ossos e 80% deles foram encontrados e formam o Apex — o que contribuirá para que os pesquisadores entendam mais sobre a espécie. 

Estudos do Apex

Conforme repercutido pelo Jornal Nacional, o paleontólogo do museu, Roger Benson, explicou que o bilionário que comprou Apex também patrocina uma pesquisa para que os ossos do estegossauro sejam impressos em 3D; o que fará com que uma réplica do fóssil seja acessível para pesquisadores do mundo todo. 

Vamos extrair uma amostra de um dos ossos do quadril dele. Esses ossos deixam evidências tipo aqueles anéis nos troncos das árvores. Isso vai nos falar sobre o crescimento do estegossauro, quão rápido eles cresceram, quanto tempo viveram, e o que aconteceu em seus últimos dias...", explicou Benson.

Quando Apex foi leiloado, os acadêmicos temeram que os museus e universidades iriam perder a oportunidade de estudar mais sobre a espécie — visto que cada vez mais os fósseis estão sendo comprados por bilionários e acabam fazendo parte de coleções particulares. 

Em contrapartida, o caso de Apex mostra que a situação pode ser diferente, conforme corrobora o paleontólogo Paul Olsen, da Universidade de Columbia. "Tirar essas criaturas do chão é caríssimo, então não haveria ninguém para escavar o Apex, por exemplo, e ele ficaria lá, se decompondo. Se um colecionador pode desenterrá-los e fazer um bom trabalho, isso é ótimo".