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Matérias / Egito Antigo

Diferentes lesões: Como o trabalho no Egito Antigo afetava os escribas?

Estudo divulgado neste ano revelou lesões alarmantes em múmias de antigos escribas que atuavam no Egito Antigo; relembre

Redação Publicado em 26/12/2024, às 17h00

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Representação dos antigos escribas do Egito Antigo - Getty Images
Representação dos antigos escribas do Egito Antigo - Getty Images

Uma pesquisa divulgada no começo do ano indica que desconfortos físicos associados ao trabalho sedentário não são um fenômeno exclusivo da era moderna.

Evidências arqueológicas revelam que escribas egípcios, que viveram entre 2700 a.C. e 2180 a.C., também enfrentavam problemas de saúde relacionados a profissão no Egito Antigo.

Um estudo conduzido por especialistas da Universidade Carolina de Praga e do Museu Nacional de Praga, na República Tcheca, analisou os restos mortais de 69 indivíduos sepultados na necrópole de Abusir.

Destes, pelo menos 30 foram identificados como escribas, ocupando uma posição privilegiada na sociedade egípcia da época devido à sua habilidade de ler e escrever, um privilégio restrito a apenas 1% da população.

O artigo científico, publicado no periódico Scientific Reports, documentou que, embora o trabalho dos escribas não exigisse esforço físico intenso, a maneira como realizavam suas atividades era prejudicial à saúde.

Muitos deles adotavam posturas inadequadas, como sentar com as pernas cruzadas ou ajoelhar-se de maneira que exigia suporte do corpo enquanto escreviam sobre papiros apoiados em suas pernas.

Lesões

As análises revelaram lesões significativas em diversas articulações, incluindo osteoartrite em áreas como a coluna vertebral, ombros e joelhos.

Os pesquisadores também observaram deformidades nos ossos do quadril e tornozelo, resultantes de longos períodos em posições desconfortáveis.

Escribas
Getty Images

Além das lesões articulares, os esqueletos examinados apresentaram alterações nas mandíbulas. Acredita-se que esse fenômeno possa estar ligado ao hábito dos escribas de mastigar suas ferramentas de escrita para moldá-las.

Dores

A pesquisa sugere que esses indivíduos também sofriam de dores de cabeça e outras condições difíceis de diagnosticar apenas por meio de análises ósseas.

A pesquisadora Havelková destacou a possibilidade de que esses escribas enfrentassem ainda mais problemas de saúde relacionados ao seu trabalho, mencionando a síndrome do túnel do carpo como uma possível condição derivada das atividades realizadas por esses profissionais da civilização que prosperou às margens do Nilo.

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