Segundo delegada, 3 dos possíveis casos ocorreram no mesmo dia do primeiro estupro relatado
Após a repercussão do estupro da paciente grávida durante o procedimento de parto pelo anestesista Giovanni Quintella Bezerra, 6 novos casos são investigados, sendo dois deles do mesmo dia, 10 de julho, como aponta a delegada, Bárbara Lomba.
O anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi filmado no domingo, 10, por enfermeiros do Hospital da Mulher Heloneida Studart, no Rio de Janeiro, enquanto estuprava uma paciente grávida. Os profissionais alegaram terem desconfiado do comportamento durante os dois primeiros partos em que o médico esteve presente, decidindo filmar o terceiro.
"Nós ouvimos uma vítima ontem, duas hoje e tem as outras duas do dia 10. Então são seis, contando com a que resultou na prisão em flagrante, são seis que nós investigamos", disse Bárbara Lomba, como aponta o G1. Esses novos casos deverão ser investigados até a terça-feira, 12.
O médico foi levado ao presídio de Benfica, nessa segunda-feira, 11. Seu telefone e uma gaze que pode conter seu material biológico foram apreendidos e passarão por perícia, assim como os medicamentos coletados. Sua prisão foi convertida para preventiva e ele passou por audiência de custódia na tarde de hoje.
Segundo a delegada, os relatos de membros da equipe de enfermagem, revelam indícios de abusos nos ourtos procedimentos. "Embora não tenha vídeo e ninguém tenha visto os atos, mas duas pessoas viram isso na segunda cirurgia. Inclusive, para uma delas ele fechou aquele capote, como eles chamam, que não é comum de ser usada", disse ela.
Bárbara Lomba também informou que outros médicos do local não perceberam os comportamentos. Existe a suspeita de Giovanni Quintella Bezerra dava quantidades mais que necessárias de anestésicos às pacientes, mas segundo os profissionais "a sedação era comum".
A delegada que investiga o caso, Bárbara Lomba, informou ao G1 que não exigirá que seja realizado um teste de sanidade mental, já que segundo ela, ele "é uma pessoa completamente capaz".
"Já está comprovado pelo prontuário, inclusive, que ele passou em visita a vítima, preencheu um prontuário sobre as condições da vítima. Então é uma pessoa completamente capaz. Ele exercia normalmente a medicina. Vamos evitar chamá-lo de doente", afirmou.