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Notícias / USP

5 alunos podem ser expulsos da USP após acusações de antissemitismo

Grupo acusado alega perseguição ideológica e tentativa de silenciamento de manifestações pró-Palestina; caso encontra-se sob sigilo

Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 24/10/2024, às 14h02

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Vista aérea do campus da USP - Wikimedia Commons
Vista aérea do campus da USP - Wikimedia Commons

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, cinco alunos da Universidade de São Paulo (USP) estão sob risco de expulsão devido a acusações de antissemitismo. Desde novembro de 2023, eles enfrentam um processo disciplinar iniciado pela pró-reitoria de graduação, com uma conclusão prevista para o próximo mês.

A universidade não se pronunciou sobre o caso, que está em sigilo.

A defesa dos estudantes alega que a USP, ao invés de promover um espaço para debate aberto, estaria perseguindo vozes discordantes, utilizando normas que consideram inconstitucionais. O grupo argumenta que o processo é uma tentativa de silenciar movimentos em apoio à Palestina, e que buscam expor o que consideram um genocídio.

O que aconteceu?

A situação começou durante uma assembleia do Centro Acadêmico Favo 22, em outubro do ano passado, quando um comunicado sobre a guerra entre Israel e Hamas foi distribuído.

O texto criticava ações do governo israelense, chamando-as de genocídio e denunciando uma política considerada fascista e colonialista. Após críticas, o centro acadêmico pediu desculpas, afirmando que o informe não foi redigido por eles, mas por outro grupo da universidade que apoia a Palestina.

A coordenadora do curso de ciências moleculares, Merari de Fátima Ramires Ferrari, redigiu um relatório sobre a assembleia e sugeriu punições, alegando que os estudantes violaram o código de ética da instituição e a Constituição, ao supostamente promoverem discurso de ódio.

O pró-reitor adjunto, Marcos Garcia Neira, aceitou a proposta e instaurou o processo contra os cinco alunos, que enfrentam possíveis sanções, incluindo expulsão. A norma de 1972, citada por Neira, proíbe atos que atentem à moral e à ordem, bem como manifestações de caráter político, racial ou religioso.

Uma comissão de professores foi formada para avaliar o caso. Apesar de um período de pausa desde julho, o processo foi reativado recentemente, com testemunhas convocadas para depor em novembro. Após os depoimentos, o colegiado deverá tomar uma decisão final.

Leia também:A origem do termo antissemitismo