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Harvard deve responder acusações de antissemitismo contra alunos, decide juiz

Decisão judicial determinou que a Universidade de Harvard deve responder por antissemitismo após alunos judeus serem atacados no campus; entenda!

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 08/08/2024, às 08h57

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Fotografia de Harvard - Divulgação/ Pixabay/ 12019
Fotografia de Harvard - Divulgação/ Pixabay/ 12019

Recentemente, em decisão judicial nos Estados Unidos, o juiz Richard Stems definiu que a Universidade de Harvard, no estado norte-americano de Massachusetts, deve responder por acusações de antissemitismo contra alunos. O caso vem ganhando notoriedade desde o fim do ano passado, quando alguns alunos judeus alegaram ter sido atacados por manifestantes pró-Palestina dentro do campus.

Segundo a decisão do juiz, Harvard "falhou com seus estudantes judeus", por ter agido com indiferença frente as reclamações destes, que se sentiam "inseguros no campus".

Os protestos, às vezes, foram confrontacionais e fisicamente violentos, e os demandantes temem legitimamente sua repetição", afirmou Richard Stems na decisão. "Os demandantes alegaram plausivelmente que foram submetidos a assédio severo, generalizado e objetivamente ofensivo".

Em sua defesa, porém, a universidade alegou ter agido sob os direitos de liberdade de manifestação, afirmando que os protestos pró-Palestina não foram impedidos para manter esse direito dos manifestantes, que pediam pelo fim da ocupação de Israel na Palestina.

+ Muito antes de Harvard: Como surgiram as escolas e universidades?

Manifestações em Harvard

Conforme repercutido pelo UOL, em dezembro do ano passado, Claudine Gay, presidente da Universidade de Harvard, condenou a violência contra alunos judeus: "Apelos à violência ou genocídio contra a comunidade judaica, ou qualquer grupo religioso, ou étnico, são vis, não têm lugar em Harvard. Aqueles que ameaçam os nossos estudantes judeus serão responsabilizados", disse.

Desde então, porém, a universidade vem lidando com uma série de processos, visto que alunos que participaram das manifestações também a processaram. Em janeiro, por exemplos, estudantes pró-Palestina alegaram que a instituição não os protegeu de assédio, intimidação e ameaças e, "em vez de fornecer proteção ou recursos, Harvard respondeu aos pedidos de ajuda dos estudantes a portas fechadas".

Além disso, em alguns casos, a universidade teria até mesmo ameaçado limitar ou retirar futuras oportunidades acadêmicas dos estudantes.

Ao todo, mais de 3200 manifestantes pró-Palestina foram presos nos Estados Unidos, vale mencionar, após protestos realizados em universidades de todo o país. Algumas destas instituições fizeram acordos com os estudantes, e outras esperaram a eventual dissipação dos grupos — enquanto, quando outras chamavam a polícia, toda a situação descambava em repressão com violência.