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Notícias / Egito Antigo

40 múmias dos tempos Cleópatra podem ensinar muito sobre a época

Descobertas agora, elas pertenceram à classe média alta e podem trazer informações sobre os valores, crenças e expectativas sobre vida após a morte

Letícia Yazbek Publicado em 05/02/2019, às 17h10

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Algumas das múmias encontradas em Tuna el-Gebel - Reprodução/ Ministério das Antiguidades
Algumas das múmias encontradas em Tuna el-Gebel - Reprodução/ Ministério das Antiguidades

Múmias encontradas em Minya, província localizada a 150 quilômetros ao sul do Cairo, podem revelar como era a vida dos egípcios de classe média há mais de 2 000.  Elas foram encontradas em quatro câmaras funerárias localizadas a mais de 9 metros de profundidade, no sítio arqueológico de Tuna el-Gebel. As tumbas continham mais de 40 múmias, incluindo 12 crianças.

Segundo Mostafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, a descoberta foi uma das maiores e mais importantes dos últimos tempos. Ela será capaz de detalhar o dia a dia das pessoas comuns que viveram durante centenas de anos, até a morte de Cleópatra, em 30 a.C..

Uma das múmias encontradas no local Reprodução/ Ministério das Antiguidades

Jennifer Gates-Foster, professora de Arqueologia da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, afirma, em entrevista à AH, que a tumba provavelmente foi utilizada por grupos familiares que pertenciam à classe média alta. “A descoberta nos oferece uma visão sobre a comunidade local, sobre suas crenças e valores, e particularmente sobre suas expectativas sobre vida após a morte e as preparações necessárias para que o morto tivesse sucesso em sua transição”.

As múmias estavam em boas condições, devido a um processo de mumificação sofisticado. Algumas delas foram colocadas em caixões de pedra ou sarcófagos de madeira. Outras foram embrulhadas em tecidos de linho, decorados com caligrafia demótica, forma de escrita hieroglífica. “Esse era um processo caro, que representa um grande investimento da parte da família do morto. Também é uma evidência das crenças da época”, afirma Gates-Foster.