Para seus seguidores, uma espécie de messias ateu. Para os detratores, um maníaco sociopata, ligeiramente melhor que Stalin
"Sonhos, acredite neles.” Talvez esta frase seja um resumo do principal legado que Vladimir Ilitch Ulianov, ou Lenin, tenha deixado para a humanidade. Ele foi muito mais que o líder da Revolução Russa. Intelectual e pensador, criou uma corrente teórica que influenciou os partidos comunistas do mundo inteiro — o marxismo-leninismo. Seu carisma era tamanho que, mesmo após sua morte, em 1924, o governo stalinista continuou se apoiando em seu nome e autoridade.
O revolucionário tinha um gênio forte. Era uma bomba-relógio ambulante: suas explosões de raiva tornaram-se lendárias no Partido Comunista. “Pessoalmente, não tinha qualquer ambição por matar, mutilar ou testemunhar qualquer barbaridade. Por outro lado, sentia um prazer cruel em recomendar tal violência”, afirma Service. O historiador ainda observa que Lenin raramente sorria e reprimia a diversão. Detestava o cinema e chegou a proibir seus companheiros de gastar energia em coisa tão inútil.
Era um homem de hábitos simples. Tinha apenas uma empregada, dormia em um quarto reservado a serviçais no Kremlin e negava-se a queimar madeira para se aquecer no frio. Tinha horror à idéia de se transformar em mito — não permitia sequer que um retrato seu fosse colocado na parede.
A artista russa Olga Shirnina coloriu algumas fotos icônicas do líder comunista. Confira abaixo.