Após a execução, a imagem das cabeças de Lampião e seu bando correu o mundo
Arrumadas caprichosamente, como em uma gôndola de supermercado, nos degraus da escadaria do Palácio Dom Pedro II, atual sede da prefeitura de Piranhas (AL), as cabeças do chefe cangaceiro Lampião (no primeiro degrau), de sua companheira, Maria Bonita (no meio do segundo degrau), e de outros nove integrantes do bando foram sensação em todo o mundo, no ano de 1938.
Surpreendido por soldados na madrugada de 28 de julho, no acampamento que montara na Fazenda Angicos, no município de Poço Redondo (SE), Lampião, apelido de Virgulino Ferreira da Silva, não teve tempo de reagir.
O bando não havia deixado sentinelas. Nem os cachorros, que dormiam dentro das barracas, perceberam a emboscada. Os 45 soldados armados de fuzis, duas metralhadoras e comandados pelo tenente João Bezerra conseguiram chegar a poucos metros dos cangaceiros sem serem ouvidos.
Embora a maior parte do bando tenha conseguido fugir, o rei e a rainha do cangaço foram mortos. Após a matança, vieram as decapitações. Segundo relatos, alguns ainda estavam vivos, como aconteceu com Maria Bonita.
As cabeças foram colocadas em latas de querosene para evitar a deterioração. Não se sabe quem foi o autor da foto famosa, mas o arranjo de cabeças, chapéus, rifles e outros pertences do bando na escada da prefeitura de Piranhas, a 40 quilômetros da Fazenda Angicos, foi feito pelo soldado Josias Valão, integrante do grupo do tenente Bezerra.
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