Numa época de fotos duras e posadas, o futuro físico e matemático Carl Størmer conseguiu um registro único, totalmente natural – e sem autorização
Em 1893, Carl Størmer, então estudante de Matemática da futura Universidade de Oslo, descobriu um dos seus hobbies favoritos: fotografar.
Mas não como os outros fotógrafos de seu tempo, que tiravam fotos duras e posdas em estúdios. Ele queria pegar as pessoas desprevenidas, ao natural. Munido de uma avançada câmera espiã, Størmer conseguiu registrar o dia a dia da sociedade da época, seus costumes e vestuários - e suas reações a ele próprio, que conseguia (ou não) um sorriso ao simplesmente cumprimentá-las antes de bater a foto. Fez isso mais de 500 vezes, com conhecidos e desconhecidos, identificando os primeiros, mas anotando tudo.
Formado, Størmer se tornou um renomado matemático e físico, conhecido pelos seus estudos sobre o movimento de partículas carregadas na magnetosfera, a formação da Aurora Boreal, para o que usou seus conhecimentos de fotografia.
O hobby nunca morreu. Em em 1942, ele explicou seu método em uma série de artigos no journal acadêmico St. Hallvard, de Oslo. "Eu escolhia uma 'vítima', a cumprimentava, ganhava um sorriso gentil e caía fora. A câmera ficava dentro de uma lata escondida em meu colete e as lentes saiam por um buraco. Em baixo das minhas roupas existia uma corda através de um buraco no bolso da calça, e quando eu a puxava, a câmera tirava uma foto."
As fotos digitalizadas podem ser encontradas no site do Norsk Folkmuseum.
Confira as imagens.
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