No começo de sua carreira, diva apareceu em vestes retrofuturistas
Dica: “Carmen”.
E talvez mesmo com ela muita gente não deve ter identificado a personagem nas vestes retrofuturistas acima, que parece saltada de um filme de Flash Gordon. É a Miranda, a dos balangandãs, que ainda viria a ser a artista mulher mais bem paga de Hollywood e ainda hoje é, queira ou não, um dos símbolos máximos do Brasil.
Era 1935 quando a fotógrafa germano-argentina Annemarie Heinrich buscou seu melhor ângulo num ensaio em Buenos Aires. Fazia cinco anos do lançamento de seu primeiro hit, Pra Você Gostar de Mim (mais conhecido por Taí). Assim a apresentou a já então arcaicamente chamada revista Scena Muda:“Uma das mais destacadas figuras deAllô Allô Brasil,filme que reúne os azes do broadcasting nacional”. Quatro anos depois, ela estrearia o chapéu de salada de frutas em Banana-da-Terra.
No mesmo 1939, ganhou um contrato para se apresentar na Broadway. E precisou da ajuda de Vargas, que bancou as passagens de seu grupo, tentando torná-la a embaixadora da cultura brasileira. Ela iria muito, muito além.