Adolf Hitler se refugiou em um bunker até o momento de sua morte, em 1945
Conhecido como Führerbunker, o local em que o antigo líder nazista Adolf Hitler se refugiou até o momento de sua morte, é marcado por diversas peculiaridades e até mesmo alguns segredos.
A estrutura consistia em uma rede de túneis subterrâneos, enterrados quase nove metros abaixo do nível do solo, que formavam um refúgio antiaéreo nos jardins da Chancelaria nazista — escritório principal que abriga uma missão diplomática ou uma embaixada — na cidade de Berlim.
O que nem todos sabem, é que o terreno em que ficava a Chancelaria da Alemanha, em Berlim, não havia apenas um, mas dois abrigos antibombas. O primeiro, o Vorbunker, foi ainda construído em 1936 — antes mesmo de qualquer sinal do que viria ser a Segunda Guerra Mundial, que se iniciou em 1939.
A instalação ficava enterrada a apenas pouco mais de cinco metros de profundidade, com uma extensão de mais de 300 metros quadrados e um teto com uma espessura de 1,6 metros de concreto. O Vorbunker tinha como objetivo servir como abrigo antiaéreo de Adolf Hitler, que era chanceler da Alemanha desde 1933, e contava ainda com pequenos quartos, uma sala com geradores de energia, comunicações, cozinha e despensa.
No entanto, em 1943, já ao longo da Segunda Guerra Mundial, a Chancelaria passou por uma reforma — visto que Hitler era provavelmente o maior alvo de diversas nações mundiais na época —, e um segundo bunker foi construído. A nova instalação, chamada de Führerbunker, se encontrava ainda mais profunda que a anterior, a cerca de nove metros abaixo do terreno, como informado pelo History com informações do Lá Nacion.
O novo bunker, por sua vez, já estava localizado abaixo dos lençóis freáticos, o que fazia com que seu interior fosse extremamente úmido e incômodo — o que não seria problema, visto que ele deveria servir apenas como uso temporário, e não abrigo permanente.
Por isso, viver ali com outras dezenas de pessoas não era agradável, e em várias ocasiões o líder nazista aproveitava da saída de emergência, que dava acesso aos jardins da chancelaria, para tomar um ar.
No dia 16 de janeiro de 1945, Adolf Hitler começou a sentir a pressão por parte dos exércitos soviéticos, no que estava se tornando o início do fim da Segunda Guerra Mundial, o que o fez começar a se esconder no Führerbunker permanentemente. Lá dentro, ele até mesmo se casou com Eva Braun, em 29 de abril de 1945, mas no dia seguinte o casal se suicidou, para evitar a "vergonha da destituição", como dito no testamento de Hitler.
Cerca de 48 horas depois, o exército soviétivo já havia tomado definitivamente a cidade de Berlim e colocou um fim à guerra. Já em 1947, no entanto, apesar de a Chancelaria ter sido destruída, o bunker permaneceu intacto.
Em 1959, durante a Guerra Fria e enquanto a Alemanha estava dividida nas partes Oriental — de comando soviético, comunista — e Ocidental — aliada aos Estados Unidos, capitalista —, ainda antes da construção do Muro de Berlim, que ocorreu em 1961, a Alemanha Oriental começou a demolir os túneis e fechá-los parcialmente.
Então, em 1989, com a queda do Muro de Berlim e com a Alemanha unificada novamente, novas escavações foram iniciadas no local, com o objetivo de demolir definitivamente a construção. Por isso, o local não era sequer identificado, a fim de evitar a reunião de grupos neonazistas — visto o significado que carregava —, mas finalmente em 2006 o governo alemão colocou uma placa informativa sobre as instalações que ali existiam.
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